Morreu no domingo (8), aos 37 anos, a mineira Isabel Arrighi, que há três anos enfrentava um câncer de mama. Ela ficou conhecida nas redes sociais por compartilhar a rotina do tratamento paliativo e os desafios de criar o filho Gabriel, de dois anos.
Isabel usava a internet para compartilhar a campanha de doação que buscava garantir um lar para Gabriel, apelidado de Biel. A iniciativa, chamada “Um lar para Biel”, arrecadou mais de R$ 500 mil, permitindo a compra de uma casa para o garoto.
O menino, que desde os primeiros meses de vida acompanhou a luta da mãe contra o câncer, deve ficar aos cuidados da madrinha ou do pai.
O velório ocorreu na segunda-feira (9). Isabel vivia em Juiz de Fora, Minas Gerais. As informações são do g1.
Diagnóstico durante a gravidez
A descoberta do câncer ocorreu em 2021, ainda durante a gravidez de Gabriel. Na época, Isabel relatou sinais de inflamação e dores na mama direita, que levaram ao diagnóstico do tumor.
Apesar das diversas sessões de quimioterapia e radioterapia, o quadro evoluiu para metástases em várias partes do corpo, como ossos e pelve, tornando o tratamento paliativo.
Em entrevista à TV Integração durante a campanha, Isabel chegou a desabafar sobre os desafios enfrentados no tratamento.
— Mesmo com os ciclos de quimioterapias propostos, que eu fiz até esse momento, o tumor foi se espalhando mais. Ele não teve uma resposta positiva de regressão com as drogas usadas. Então eu tenho comprometimento nesse momento: ósseo, no fêmur, no osso da pelve, tenho comprometimento — afirmou.
O que são cuidados paliativos?
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o tratamento paliativo é uma abordagem de saúde ativa e integral prestada aos pacientes que tratam doenças graves, progressivas e que ameace a continuidade de sua vida.
O objetivo é promover a qualidade de vida do paciente por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação de situações possíveis de serem tratadas, da avaliação cuidadosa e minuciosa e do tratamento da dor e de outros sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.
Na fase terminal, o tratamento paliativo é prioritário na garantia de qualidade de vida, conforto e dignidade ao paciente. A transição do cuidado com objetivo de cura para o cuidado com intenção paliativa é um processo contínuo, com dinâmica que difere para cada paciente.