Djoni Aloísio Dorr, morador de Vale Verde, no Vale do Rio Pardo, tomou um susto ao flagrar o que achou ser um tornado na área rural do município durante tempestade na segunda-feira (16). A instabilidade climática tomou conta do território gaúcho durante o final de semana.
Segundo meteorologistas da Climatempo, Djoni pode ficar tranquilo: trata-se de uma nuvem funil, fenômeno que pode se tornar um tornado ao atingir o solo, o que não aconteceu porque ela se dispersou na água.
— Essas nuvens têm condições de formar um tornado, mas nem todas chegam a se tornar um. São nuvens de elevado desenvolvimento vertical e intensa turbulência interna. Por acumular muita energia interna, às vezes, causam vento forte, chuva volumosa, relâmpagos e queda de granizo. Então são associadas a tempo bem instável — conta a meteorologista Alana Gabriele Araújo, da Climatempo Meteorologia.
Ela detalha que a nuvem funil se forma devido a um sistema de baixa pressão, que cria um movimento de ar que converge para o centro e faz com que haja maior concentração de umidade e de calor.
Segundo Andrea Ramos, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as nuvens funil se parecem com pequenos tornados, relativamente fracos, que podem se originar de uma chuva ou tempestade quando o ar em altitude está excepcionalmente frio.
Diferentemente dos furacões, os tornados são fenômenos atmosféricos menores, mas muito mais intensos. O diâmetro raramente ultrapassa algumas centenas de metros quando toca o solo.