Com a intenção de oferecer uma melhor estrutura aos Vales do Taquari e Rio Pardo, diante de eventos meteorológicos, o governo do Estado está organizando a implantação do primeiro Centro Regional de Gestão de Risco e Desastres no interior, com sede em Lajeado. Segundo o vice-governador Gabriel Souza, o espaço está previsto para ser inaugurado em 2025 ou deverá estar próximo de ser concluído neste prazo.
— Queremos que no ano que vem tenha a inauguração ou esteja em estágio avançado — enfatiza Souza.
Assim como já existe em Porto Alegre, a ideia da sede é garantir um espaço físico adequado para instalação de salas de situação, com telas para monitoramento e radares meteorológicos, que auxiliem na prevenção e atendimento de fenômenos, como a enchente de maio, que provocou grande prejuízo na região. O plano também é dar condições para operação de um gabinete de crise e para recepção de prefeitos, autoridades e equipes que precisem se deslocar para acompanhar eventos meteorológicos.
— Hoje não tem uma sede física. Tendo a estrutura, não precisa ter que procurar um local quando se chega à cidade — explica o vice-governador.
O Piratini ainda estuda qual será a melhor forma de execução do projeto, que faz parte do Plano Rio Grande, uma iniciativa de ações para o Estado após os prejuízos causados pela enchente. De acordo com Gabriel Souza, uma das alternativas seria o built to suit, que é um formato de locação, em parceria com a iniciativa privada, no qual um imóvel é construído já prevendo as necessidades do futuro locatário.
Nesse caso, o Estado abriria um edital e a empresa interessada executaria a obra já com o compromisso de locação. O procedimento foi adotado para a construção da delegacia de polícia de Tramandaí, no Litoral Norte, e foi implementado em 12 meses.
Outra opção é buscar um imóvel já pronto, se atender os requisitos necessários. Conforme Souza, a definição deve acontecer nos próximos 40 dias e a prioridade é escolher o processo mais ágil.
Atualmente, o Estado conta com nove regionais da Defesa Civil, sendo uma em Porto Alegre e mais oito no interior. Também será criada uma no Litoral Norte, chegando a dez no total. O plano é que cada regional tenha sua sede, com implementação gradual, começando por Lajeado.
Os recursos serão provenientes do Fundo de Reconstrução do Estado (Funrigs). O montante ainda não foi confirmado.
Em janeiro, novos servidores militares serão incorporados à Defesa Civil do Estado. O efetivo, que conta atualmente com 39 agentes, entre policiais e bombeiros, será ampliado em 150, chegando a 189. A autorização já foi aprovada pela Assembleia Legislativa. Os novos integrantes serão distribuídos entre as coordenadorias regionais conforme a demanda de cada uma.