As duas mulheres gaúchas que chamam atenção por estarem "morando" em um McDonald's do bairro Leblon recorreram à polícia do Rio de Janeiro no último sábado (13) por terem supostamente sofrido ameaças e agressão no local, onde estão hospedadas desde o início do ano. As informações são do jornal O Globo.
A Polícia Civil do RJ confirmou que a dupla registrou um boletim de ocorrência na noite de sábado na 14ª Delegacia de Polícia (Leblon), conforme O Globo. Para o portal f5, a mais nova contou que elas sofreram ameaças de outra cliente do estabelecimento.
— Uma mulher jovem se sentou na mesa ao lado de onde a gente estava. Ela lanchou e começou a me xingar do nada — disse ao portal. — Corri para a delegacia e registrei a queixa na hora.
Bruna Muratori e a mãe, Susane, acumulam ações de despejo na Justiça por falta de pagamento em imóveis, tanto em Porto Alegre quanto na capital fluminense.
Conforme o Globo, Bruna afirmou que a agressora continuou perturbando a dupla, mesmo sem resposta, até que avançou fisicamente contra a gaúcha.
Ela disse que as câmeras das lojas vizinhas foram solicitadas pelos policiais. Agora, mãe e filha estariam procurando outro lugar para morar, mais distante do bairro.
Relembre o caso
As duas gaúchas foram alvo de ações judiciais de despejo, por falta de pagamento, em imóveis que ocuparam anteriormente.
Uma reportagem da CBN de abril afirma que elas deixaram de pagar proprietários de imóveis e hotéis do Rio de Janeiro.
Um processo judicial consultado por Zero Hora indica que elas também enfrentaram problemas com moradia no Rio Grande do Sul. Bruna, que é natural de Porto Alegre, foi alvo de uma ação de despejo em um apartamento localizado na Avenida Nilo Peçanha.
No Rio de Janeiro, há pelo menos uma ação de despejo em que os nomes delas constam como rés. Em processo iniciado em julho de 2019, mãe e filha foram condenadas.
Chegada ao McDonald's
De acordo com fontes ouvidas pela reportagem de Zero Hora, mas que preferiram não ser identificadas, o pai de Bruna e ex-marido de Susane mora no Exterior e auxilia financeiramente as duas. Em fevereiro, a Justiça determinou que elas fossem incluídas como devedoras no cadastro do Serasa.
Embora estejam sem lugar para morar, elas têm dinheiro. Fazem refeições no próprio McDonald's e em estabelecimentos próximos, e pagam pelos alimentos. As duas têm celulares, carregam ao menos cinco malas e vestem roupas limpas.