Já se passaram duas semanas do desaparecimento da embarcação catarinense Manuela Simão, de Itajaí. O barco pesqueiro e os seis tripulantes foram localizados pela última vez nas proximidades do Chuí, extremo sul do Rio Grande do Sul.
As buscas estão sendo realizadas pelo Comando do 5º Distrito Naval desde o dia 12 de novembro. Os pescadores saíram de Santa Catarina no dia 18 de outubro para realizar um período de pesca no litoral sul até o dia 11 de novembro. Eles foram identificados como Madson Orlando Simão, João Maricelo Matos Santana, Rafael Matos Santana, Elizandro Rodrigues Silveira, Arildo Honorato e Edmar Marcelino Ribeiro.
O filho de um dos tripulantes, Rafael Passos Honorato (filho de Arildo Honorato), de 21 anos, conversou com a reportagem de GZH e relatou o desespero e angústia da família.
— Nós notamos a falta de resposta do meu pai no dia 4 de novembro, mas ainda tínhamos sinal da embarcação no dia 6. O que nós recebemos de relato de outros pescadores é de que a Capitania tinha feito um alerta de um tufão, mas que o Manuela Simão ficou pois estava em uma área boa para pesca. Depois disso, no dia 7, não tivemos mais notícias — contou.
Ele relata ainda que a sua família foi comunicada oficialmente pela Marinha do Brasil no dia 13 de novembro, e desde então passaram a conversar com as autoridades sobre o trabalho que está sendo realizado.
— Tinha um avião da Força Aérea Brasileira que estava ajudando nas buscas. Eu recebi um link que conseguia acompanhar a localização da aeronave e ver como estava o trabalho. Porém, agora que eles encerraram o apoio não consigo ver mais. De uns quatro dias para cá começamos a ter demora nas respostas da Marinha e isso nos preocupa, tenho a sensação de que eles estão desistindo — completou.
Em nota publicada na noite de segunda-feira (27), o Comando do 5º Distrito Naval afirmou que as buscas vão seguir por mais alguns dias, mas não soube dizer a data exata. Além do avião da FAB, a Marinha contou com o apoio de uma aeronave do Uruguai, que também realizou buscas aéreas.
As varreduras no mar ocorrem no litoral do Rio Grande do Sul, da fronteira marítima com o Uruguai até Itajaí. Nos últimos dias, o Salvamar Sul — equipe de salvamento da Marinha — recebeu diversas informações sobre possíveis áreas em que a embarcação teria sido avistada, porém nada foi encontrado.