Você mudou seu jeito de consumir durante a pandemia? Essa foi a pergunta que iniciou o GZH Conversa desta quarta-feira (31). O bate-papo online é um evento mensal promovido por GZH para aproximar mais os assinantes da nossa produção jornalística.
Com o tema "Como cuidar do seu dinheiro e boas ideias de negócios na pandemia", Giane Guerra, colunista de economia de Rádio Gaúcha, GZH, Zero Hora, RBS TV e 102.3 FM, e Leandro Staudt, apresentador do Gaúcha+ de segunda a sexta e do Gaúcha Hoje aos sábados, conversaram com os assinantes Gerson Holz, Clézio Gonçalves, Raquel Milão e Maria Helena Bonatto.
A papo foi dos desafios do home-office a dicas sobre compras de supermercado e o uso do cartão de crédito. Clézio Gonçalves, 58 anos, professor e doutor em Aprendizagem e Neurociências, analisou que seres humanos são extremamente adaptáveis e sempre encontram um caminho. Na pandemia, não seria diferente.
— O nosso cérebro tem uma capacidade de resposta, de manter a sua continuidade. Talvez, há alguns anos, ninguém imaginaria fazer rádio de casa, ministrar uma aula de casa, fazer uma consulta médica de casa, mas temos uma tecnologia que nos permite isso — disse, frisando que a evolução tecnológica tem seu lado bom e seu lado ruim. — Precisamos não apenas usar a tecnologia, mas compreendê-la para que não sejamos vítimas de ataques cibernéticos — completou.
Raquel Milão, 56 anos, médica dermatologista, conta que, no início da pandemia, reduziu o atendimento, mas manteve o seu consultório aberto pela necessidade médica. No entanto, com o tempo, o movimento foi reduzindo e alternativas como a mudança de horário dos funcionários, teleatendimento e ajustes de valores com os locadores do espaço físico foram buscadas.
— Precisei tomar várias atitudes para que o negócio continuasse existindo. Também sou profissional liberal, a minha fonte de renda é o meu trabalho. E é um tema extremamente interessante ver como as pessoas readequaram a sua forma de trabalhar para continuar em funcionamento —acrescentou.
Segundo Maria Helena Silva Bonatto, 57 anos, contadora, auditora e empresária do ramo imobiliário, uma das mudanças que ela percebeu na sua área de atuação foi o movimento de reciclagem de imóveis.
— As pessoas começaram a trocar os seus imóveis por espaços maiores, curtindo mais as suas casas, a possibilidade de ter um escritório, uma área para fazer exercícios — contou. — Mas, como a sociedade não é feita só de pessoas que têm dinheiro, a necessidade de práticas para ajudar a equilibrar os sentimentos nesse momento difícil e as novas ideias de negócio foram necessárias para ajudar. Eu mesma, além de buscar uma prática budista para tranquilizar a cabeça, comecei a cozinhar, mesmo sendo uma pessoa dos números. Fiz doces que ajudaram outras pessoas e se tornaram uma nova renda — contou.
Para o empresário e administrador Gerson Holz, 43 anos, o maior aprendizado dessa pandemia que vai ser aplicado depois é a humanização do atendimento, principalmente no comércio.
— As pessoas querem e vão procurar a loja. Elas querem conversar, querem ouvir sobre a experiência do produto, querem troca. O tratamento que a pessoa recebe na loja física é diferente, ela se sente acolhida. Isso faz com que o cliente seja fidelizado — explicou. — Vai ter muita troca de informação no ponto físico que vai complementar o online. O vendedor vai ter que ser muito diferente depois disso.
O projeto
O debate faz parte do GZH Conversa, evento criado seguindo os conceitos do jornalismo de engajamento, uma proposta que busca aproximar ainda mais a comunidade do nosso trabalho.
Esse movimento é uma das apostas da nossa Redação desde o ano passado. Isso porque queremos uma participação mais ativa do público em todas as etapas de construção dos nossos conteúdos, seja em GZH, Zero Hora ou Rádio Gaúcha. O evento ocorre mensalmente, sempre com a participação de dois jornalistas e quatro assinantes convidados.
A conversa é próxima, com bastante troca e diferentes pontos de vista. Para participar, é necessário ser assinante GZH Plus ou GZH Premium. A divulgação dos bate-papos é feita por e-mail, ou seja, se você se enquadra nessas modalidades de assinatura e quer ser convidado para os próximos eventos, mantenha seu cadastro atualizado! Clique aqui para assinar GZH. Para mudar a sua modalidade de assinatura, ligue para (51) 3218-8200, em Porto Alegre, e 0800-642-8200, nas demais cidades. Você também pode enviar a solicitação pelo WhatsApp (51) 99430-1010.
Dos inscritos, quatro são selecionados — a cada edição — para conversarem por vídeo com os comunicadores. Os demais podem assistir e mandar dúvidas e contribuições via chat.