* Correção: das 16h19min às 17h56min desta segunda-feira a reportagem informou, equivocadamente, que a mãe do bebê está grávida de oito meses. Porém, quem está grávida é uma das outras presas pelo caso. O texto foi corrigido.
Um bebê de apenas três meses está internado há seis dias na UTI pediátrica da Santa Casa de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, em Mato Grosso, vítima de um suposto ritual religioso autorizado pelos pais. Três agulhas de metal foram colocadas na cabeça da criança e uma agulha no abdômen.
De acordo com um boletim médico divulgado nesta segunda-feira, a menina foi submetida a uma segunda cirurgia na sexta, dia 16, na tentativa de retirar as agulhas. Porém, por causa do risco de sangramento e lesão no cérebro, o procedimento não foi realizado. A criança, que está sob a guarda do Conselho Tutelar, respira sem ajuda de aparelhos e continua em observação.
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Segundo informações do G1, a mãe da menina, que tem 17 anos, foi responsabilizada por maus-tratos e detida na semana passada. Outras quatro pessoas foram presas, entre elas o pai da criança e uma mulher grávida.
O bebê deu entrada no Hospital Municipal de Jaciara chorando muito e com hematomas no couro cabeludo. Suspeitando maus-tratos, a equipe médica denunciou a situação ao Conselho Tutelar. No relatório médico, a confirmação de que a criança já havia estado no mesmo hospital com cortes nos pés.
O delegado Marcelo Melo de Laet explica que o crime está sendo tratado como tentativa de homicídio. Os suspeitos negaram participação no suposto ritual, porém, o delegado afirma possuir elementos que indicam que o ato ocorreu. À polícia, os envolvidos disseram que estavam "entregando a criança para Deus".
A mãe da criança foi encaminhada ao Complexo do Pomeri, em Cuiabá, e irá responder a ato infracional análogo a tentativa de homicídio. O pai, Wellinton de Jesus Costa, de 28 anos, suspeito de receber R$ 250 para entregar a filha ao ritual, deve ser encaminhado para a Cadeia Pública de Jaciara.
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