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A previsão é que, em até dois meses, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) deve começar a funcionar na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O centro, que terá a gestão do Ibama, tem investimento de cerca de R$ 1 milhão.
O Cetas vai trabalhar com animais silvestres da região que forem resgatados do tráfico, de situações de maus-tratos ou abandono. No local, será feita a recuperação dos animais, para que possam voltar à natureza. Muitas vezes, bichos que ficam por bastante tempo em cativeiros não podem voltar ao habitat – neste caso, são enviados para outros locais, como o Criadouro Conservacionista São Braz.
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As chaves do primeiro prédio foram entregues na última semana. Conforme o vice-reitor da UFSM, Paulo Bayard, outros prédios serão construídos no futuro – ainda sem previsão de data. A gestão é do Ibama, que terá três técnicos atuando no local. Além disso, professores e alunos da UFSM trabalharão no centro, também com atividades de pesquisa e ensino. O Hospital Veterinário Universitário também dará suporte.
O Cetas conta com oito salas, mais enfermaria e área externa para manter os bichos que passam por reabilitação. A capacidade do local depende do tamanho dos animais. Na prática, falta apenas a finalização do Termo de Cooperação Técnica, a documentação necessária para o funcionamento.
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Ainda segundo Bayard, pesquisas do Ibama apontam que cerca de $ 2,5 bilhões circulam por ano em comércio de animais silvestres. O dinheiro investido na construção do Cetas, que tem área de 253,7 m², é proveniente de multas. A Eletrobrás, empresa de energia, foi multada pelo Ibama em cerca de um R$ 1 milhão, e optou por converter o valor no empreendimento.