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A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) suspendeu preventivamente a licença para conduzir táxi de Diego do Vale Ribeiro, 29 anos, preso por tráfico de drogas pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc).
É o mais recente caso envolvendo taxistas com atos criminosos. Desde que iniciou um pente-fino no cadastro desses profissionais, no final de janeiro, a EPTC já analisou antecedentes de 1.956 motoristas, e cassou a licença – conhecida como carteirão – de 73 deles, respondendo a inquéritos ou processos por prática de crimes.
O volume de inspeções nos cadastros de taxistas em Porto Alegre equivale a 19% dos condutores (10,4 mil), e o percentual de cassações chega a 0,7%.
– Em um universo de 1,9 mil, 73 é um número altíssimo – lamenta Vanderlei Cappellari, diretor-presidente da EPTC.
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O taxista preso na noite de quinta-feira trabalhava legalmente havia sete anos, e sua permissão era válida até agosto. A EPTC promete agilizar, a partir de abril, a revisão dos cadastros, antes mesmos dos prazos de renovação do carteirão, para tentar evitar casos semelhantes.
Até quinta-feira, Ribeiro não tinha antecedentes policiais e nunca tinha sido preso. Empregado no táxi, trabalhando no turno da noite, com ponto na Rua Duque de Caxias, no centro da Capital, Ribeiro vinha sendo investigado nos últimos 30 dias, após queixas à polícia de que ele estaria oferecendo droga para alguns passageiros.
Chamou atenção dos agentes do Denarc que Ribeiro fazia pequenos e rápidos deslocamentos pela área central, quase sempre sem passageiros. Na quinta-feira à noite, o Siena de Ribeiro foi seguido por agentes do Denarc.
– Acompanhamos ele em quatro corridas, todas sozinho, para evitar que apontasse algum passageiro como dono da droga. Na última, abordamos e encontramos cocaína escondida sob o banco do motorista – explica o delegado Guilherme Calderipe.
Além de 25 buchas do entorpecente, foram apreendidos dinheiro e uma máquina para cobrança com cartão de crédito. Ao depor, o homem negou ser traficante, mas informalmente teria admitido que vendia a droga. Cada porção custaria R$ 50. Ribeiro foi autuado em flagrante por tráfico e encaminhado ao Presídio Central de Porto Alegre.
– Teremos mais ações de repressão ao narcotráfico em transporte público – antecipa o diretor de investigações do Denarc, Mario Souza.
O veículo foi apreendido pela polícia e ficará fora de operação. A EPTC está abrindo um processo administrativo contra Ribeiro e o permissionário, que corre risco de perder a concessão do táxi.