O governador de Porto Rico, Alejandro García Padilla, decretou estado de emergência sanitária nesta sexta-feira na ilha caribenha pelo zika vírus, após o registro de 22 casos - um deles uma mulher grávida.
"Nosso principal objetivo é garantir a segurança dos porto-riquenhos e orientar sobre medidas preventivas necessárias", disse García Padilla em discurso no palácio presidencial, onde explicou que a situação de emergência decretada pretende concentrar esforços para conter o vírus, que tem sido ligado a mé-formações congênitas em recém-nascidos.
Em caso de emergência, um plano nacional será implementado para prevenir a doença, especialmente no combate ao vetor do vírus, o mosquito Aedes aegypti, mas também com o congelamento dos preços de produtos como preservativos - após a confirmação de um caso de transmissão sexual do vírus nos Estados Unidos, informaram as autoridades.
"Isso deve ser tratado como uma doença sexualmente transmissível e tomar as precauções de rigor", disse Ana Rius, ministra da Saúde do estado livre associado aos Estados Unidos.
As autoridades sanitárias dos Estados Unidos pediram, nesta sexta-feira, o uso de preservativos ou a abstinência sexual às pessoas que vivem ou tenham viajado recentemente para regiões nas quais está presente o vírus do zika, que se propagou pela América Latina.
As novas recomendações emitidas pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) são especialmente dirigidas a mulheres grávidas e seus companheiros, já que o zika foi ligado a malformações nos recém-nascidos.
Rius, que em janeiro já havia recomendado que as mulheres evitassem a gravidez, anunciou nesta sexta-feira que um período de quarentena foi estabelecido para doação de sangue.
Apesar da emergência, a diretora de Turismo, Ingrid Rivera, afirmou que a ilha continua sendo um local seguro para visitar, embora tenha reconhecido que algumas reservas já tenham sido canceladas.
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