A Presidência da França esclareceu na manhã deste sábado que não fechará as fronteiras, mas que vai restaurar fortemente seu controle.
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Na sexta-feira, em entrevista coletiva após os atentados que deixaram pelo menos 127 mortos, ocorridos em sete pontos de Paris, o presidente francês, François Hollande, havia dito que as fronteiras seriam fechadas para evitar a saída dos autores dos atentados do território francês e também para controlar a entrada de pessoas.
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Hollande, disse a presidência em comunicado, "decidiu restaurar imediatamente o controle da fronteiras e não fechá-las".
O restabelecimento do controle nas fronteiras tinha sido uma medida adotada e que estaria em vigor desde essa sexta-feira pelo período de um mês, com o objetivo de garantir a segurança na capital francesa devido à realização da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP-21, que ocorre de 30 de novembro a 11 de dezembro. Devem participar da conferência 195 delegações oficiais.
Confira o mapa dos ataques:
Atentados em Paris
Mais de cem pessoas morreram na noite desta sexta-feira, em Paris, na França, após uma série de ataques terroristas em diversos locais da capital francesa. Tiroteios e explosões ocorreram de maneira coordenada em pelo menos seis lugares, segundo o jornal Le Monde, que cita uma fonte judicial: no Boulevard Voltaire, em frente ao bar La Belle, Bataclan, na Rua de la Fontaine, no bar Carillon e no Stade de France. Pelo menos cinco terroristas foram "neutralizados" à noite. A informação foi anunciada por François Molins, procurador de Paris.
Logo após os ataques, o Itamaraty confirmou dois brasileiros entre os feridos nos atentados. Parisienses descrevem como "estado de guerra" a situação da capital francesa no momento, alertando para um possível crescimento da onda xenófoba, ultranacionalista e de extrema direita no país, que está a três semanas das eleições regionais.
O presidente francês, François Hollande, decretou estado de emergência e fechou as fronteiras do país. Moradores são aconselhados a não deixarem suas casas. Todos os locais públicos, como escolas, museus e bibliotecas, permanecerão fechados neste sábado em Paris. O presidente pediu confiança à população francesa e garantiu que as autoridades do país devem ser "duras e serenas" para "vencer os terroristas".
O presidente norte-americano Barack Obama também se pronunciou após os ataques, garantindo apoio à França e descrevendo as ações como "ataques contra a humanidade". Pelo Twitter, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff,se disse "consternada pela barbárie terrorista" e expressou seu "repúdio à violência" e "solidariedade ao povo francês".
* Agência Brasil