O cosmonauta russo Guennadi Padalka voltou neste sábado à Terra com outros dois astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS), após bater o recorde de permanência no espaço com 879 dias, em cinco viagens.
A cápsula com Padalka, o cazaque Aidin Aimbetov e o dinamarquês Andreas Mogensen pousou nas estepes do Cazaquistão à 00H51 GMT (21H51 de sexta).
"A aterrissagem ocorreu. Tudo bem", confirmou um porta-voz da agência espacial russa Roskosmos.
"Me sinto bem", declarou o cosmonauta russo enquanto bebia chá e comia uma maça sentado ao lado de responsáveis do programa espacial russo.
"Agora, você terá que viver um pouco na Terra", brincou Talgat Musabayev, chefe da agência espacial cazaque Kazkosmos.
Padalka, 57 anos, liderou a 44ª expedição à ISS, quebrando em 28 de junho o recorde de permanência no espaço de seu compatriota Serguei Krikalev, de 803 dias.
Krikalev ficou conhecido como o "último cidadão da URSS", porque voltou à Terra em dezembro de 1991, após a queda da então União Soviética.
A última missão de Padalka - que realizou sua primeira viagem ao espaço em 1998, permanecendo por 199 dias na estação russa Mir - teve início no dia 27 de março, quando decolou do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, com o russo Mikhail Kornienko e o americano Scott Kelly.
Padalka já havia participado de missões na ISS em 2004, 2009 e 2012.
As viagens ao espaço são um dos poucos programas de cooperação internacional entre Rússia e o Ocidente que não foram afetados pelo conflito na Ucrânia.
A Estação Espacial Internacional, cuja construção custou cerca de 150 bilhões de dólares, orbita em torno da Terra desde 1998.
* AFP