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Alvo de discussão nos últimos dias, a CPMF não será incluída na proposta orçamentária a ser enviada nesta segunda-feira ao Congresso Nacional, conforme informações do jornal O Estado de São Paulo. A decisão foi tomada pela presidente Dilma Rousseff neste sábado após reunião com integrantes da equipe econômica no Palácio da Alvorada.
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O recuo ocorreu porque a notícia de volta da CPMF "vazou" e a presidente não teve apoio para levar adiante o processo. Um ministro disse ao jornal o Estado de São Paulo que houve muita insatisfação porque, ao propor o retorno da CPMF, o foco fiscal não era o objetivo do governo.
- Essa questão da CPMF era de financiamento da saúde, assim como estamos tratando o assunto da Previdência - afirmou ao jornal o Estado de São Paulo um auxiliar direto de Dilma.
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Sem a nova CPMF, a meta de superávit primário de 2016, de 0,7% do PIB, terá de ser reduzida novamente. Para fechar o orçamento de 2016, o governo tem de cobrir um rombo de aproximadamente R$ 80 bilhões. Pelos cálculos da equipe econômica, a cobrança do "imposto do cheque", como ficou conhecida a CPMF, daria uma arrecadação líquida de R$ 68 bilhões para o governo federal, já descontando o repasse para Estados e municípios.