Atentados terroristas atingiram a África, a Europa e o Oriente Médio, nesta sexta-feira, em três ataques que deixaram pelo menos 64 mortos. França, Kuweit e Tunísia foram os alvos dos crimes. Até o momento, o Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria de dois dos três atentados ocorridos.
Veja abaixo como foram os atentados:
Tunísia
O mais grave deles aconteceu em uma praia da região turística de Sousse, no centro-leste da Tunísia. Trinta e oito pessoas morreram - entre elas, há turistas - em um tiroteio à beira-mar. Dois homens abriram fogo em frente a um hotel e ainda deixaram um número não confirmado de feridos. O que se sabe até o momento é que há vítimas de pelo menos seis nacionalidades diferentes, incluindo britânicos e alemães entre os mortos. Por volta das 20h de Brasília, o Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do atentado.
O grupo extremista sunita Estado Islâmico (EI) reivindicou, em um comunicado divulgado por contas jihadistas no Twitter, a autoria do sangrento atentado nesta sexta-feira contra um hotel perto de Sousse, na Tunísia.
O crime ocorre apenas três meses após a morte de 23 pessoas - incluindo 19 turistas europeus - em ataque do Estado Islâmico ao maior museu de Túnis, capital do país. Desde o atentado ao museu, o número de turistas caiu 25,7% no país em relação ao ano anterior.
Veja o local atingido:
VÍDEO: Rodrigo Lopes comenta impacto do atentado em Sousse
Kuweit
No Kuweit, uma explosão na mesquita xiita de Al Imam al Sadeq deixou pelo menos 25 mortos. O grupo jihadista sunita Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado, como outros que já realizou contra mesquitas xiitas na Arábia Saudita e no Iêmen.
Segundo as equipes de socorro, além dos 25 mortos, mais de 200 pessoas ficaram feridas no ataque.
Foto: Yasser Al-Zayyat / AFP
Veja o local atingido:
França
Já na França, uma pessoa morreu e pelo menos duas ficaram feridas em um atentado terrorista em uma usina de gás na cidade francesa de Saint-Quentin Fallavier, a cerca de 500 quilômetros de Paris. O autor do ataque, que carregava uma bandeira do Estado Islâmico, entrou na usina e detonou vários cilindros de gás. Apesar disso, o atentado não havia sido reivindicado pela organização terrorista até as 21h de Brasília.
Um empresário de Lyon foi encontrado decapitado no local do atentado e, ao lado, foi deixada uma bandeira islâmica. O suspeito de ser o autor do atentado foi identificado como Yassin Salhi, que mantinha "laços com o movimento salafista", segundo o ministério francês do Interior. Ele e outros três suspeitos foram presos.
Foto: Philippe Desmazes / AFP
Veja o local atingido:
Comunidade internacional repudia ataques
A ONU classificou os ataques como "terroristas" e "espantosos". O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou que espera que os responsáveis pelos atos sejam "rapidamente levados ante a justiça".
Posicionamento semelhante teve a Casa Branca. Em comunicado, o governo dos Estados Unidos prestou solidariedade aos familiares das vítimas. "Nossos pensamentos e orações estão com as vítimas desses ataques atrozes, seus entes queridos e as pessoas desses três países", diz o texto. Os presidentes americano, Barack Obama, e russo, Vladimir Putin, defendem que os dois países se unam para deter o Estado Islâmico.
Em nota, o governo brasileiro condenou os atentados terroristas. "Tratam-se de atos criminosos, perpetrados por extremistas em nome de ideias incompatíveis com as regras mais elementares de convívio e respeito aos direitos humanos. A intolerância religiosa e o recurso à violência indiscriminada, praticados sob qualquer pretexto, merecem o mais veemente repúdio da sociedade e do governo brasileiro", informou o Ministério das Relações Exteriores.
Em decorrência dos atentados, especialmente o ocorrido em território francês, os governos de Espanha e Itália elevaram de médio a alto o alerta antiterrorista em seus países. Para acompanhar as últimas notícias de Zero Hora sobre os atentados, clique aqui.
* Zero Hora, com agências