A Polícia Civil e o Instituto-Geral de Perícias (IGP) terminaram, na noite desta sexta-feira, a reconstituição da morte de Cristiano Souza da Fonseca, o Teréu, asfixiado com sacolas plásticas dentro da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) no dia 7. Os cinco detentos do Pavilhão A que, conforme a investigação, tiveram envolvimento direto no crime participaram da diligência.
De acordo com o delegado Rodrigo Machado dos Reis, responsável pelo inquérito, a reconstituição foi importante para detalhar alguns pontos que não haviam ficado tão claros nas imagens das câmeras de segurança e para apontar algumas contradições nos depoimentos dos investigados - estas não foram divulgadas pelo policial.
Execução de Teréu na Pasc levou 10 minutos e 30 segundos, mostra vídeo
Durante a manhã, os agentes da DP de Charqueadas e os técnicos do IGP tomaram novos depoimentos do grupo. À tarde, os presos estiveram no refeitório onde Teréu foi morto para fazer a reconstituição propriamente dita.
Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS
Veja como estavam distribuídos os agentes da Pasc no momento do crime:
* Diário Gaúcho
- A intenção era recapitular o que cada um fazia e o papel deles no momento da execução - relatou o delegado.
A partir de agora, o IGP trabalhará na produção de um laudo que, depois de pronto, será encaminhado à Polícia Civil - os técnicos não fixaram prazo para a entrega. Os trabalhos estavam previstos para a quinta-feira, mas os peritos solicitaram mais tempo para análise do local e das imagens.
Além dos cinco detentos com participação direta na morte - que incluem Paulo Márcio Duarte da Silva, o Maradona, e Ubirajara da Silva Barbosa, o Bira, líderes da galeria dos Abertos -, a polícia deve indiciar outros quatro presos por participação indireta no homicídio.