Por unanimidade, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, na tarde desta quinta-feira, o habeas corpus de Leandro Boldrini, preso sob acusação de ter participado da morte do próprio filho, Bernardo Boldrini.
Na sessão que começou às 14h, foi analisado o mérito da posição do ministro Newton Trisotto, que manteve, em novembro de 2014, Boldrini preso. Antes disso, o Tribunal de Justiça gaúcho já havia negado o pedido de habeas corpus, mas a defesa do médico recorreu.
Os ministros também negaram, nesta quinta, o pedido da defesa do médico para que o julgamento do caso fosse transferido de Três Passos para Frederico Westphalen, onde o corpo foi encontrado.
A defesa de Boldrini alegou que o clamor popular pode influenciar no andamento do processo e que as provas foram produzidas em Frederico Westphalen, por isso o caso deveria ser julgado nesta comarca. O recurso também foi negado por unanimidade. Agora os advogados devem recorrer ao Supremo Tribunal Federal.
VÍDEO: Amigos lembram as lições que Bernardo deixou
Carta de suicídio de Odilaine teria sido escrita por secretária, indica perícia
Há dois dias, a Justiça ainda marcou a data do interrogatório dos quatro réus: Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz. Eles serão ouvidos em 27 de maio no Fórum de Três Passos. Estão previstas manifestações para a data na cidade.
Na quarta-feira, uma manifestação mobilizou moradores de Três Passos, onde Bernardo vivia com o pai e a madrasta, que também está presa. Em caminhada no centro da cidade, cerca de 40 pessoas pediram a manutenção da prisão de Leandro Boldrini e a reabertura do processo sobre a morte de Odilaine Uglione - mãe do menino Bernardo.
Pela segunda vez, o processo terá troca de promotor. Silvia Jappe foi promovida e assumirá a Promotoria Criminal de Santiago. Logo após a apresentação da denúncia dos acusados, Dinamárcia Maciel de Oliveira deixou a cidade e, por promoção, passou a atuar em São Luiz Gonzaga.
* Zero Hora