Na tarde desta quarta-feira, o Instituto Geral de Perícias (IGP) de Criciúma fez uma análise prévia da casa que desabou nesta madrugada e deixou três vítimas da mesma família, no bairro Maria Céu.
A casa desabou por volta das 2h desta quarta-feira. Entre as vítimas, estão Daiane Lotério Osório, 37, Adriano Bento de Souza, 41, e a mãe dele, Valdete de Souza, de 66 anos. O filho do casal, Lucas, de 15 anos, e o pai de Adriano, Hélio Bento de Souza, de 70 anos, sobreviveram.
A coordenadora da Defesa Civil, Angela Mello, relatou que a área não é considerada de risco. Vistorias em outras casas apontaram que o problema era apenas na residência que desabou. Como houve óbito no acidente, uma equipe do IGP de Florianópolis foi acionada e deve começar uma perícia na manhã desta quinta-feira.
O perito criminal e gerente messorregional de perícias do IGP de Criciúma, Northon Santos Machado, aponta que o trabalho será complicado e demorado.
- Tem que ser analisada toda a parte de documentação, de planta. Remover todo aquele entulho não será fácil. Será feito em etapas: primeiro um reconhecimento, máquinas de remoção, avaliar a estrutura, a fundação, o terreno. Então é realmente uma perícia complexa - disse.
O prazo para a conclusão do laudo é de 30 dias, mas Machado acha difícil prever, dentro desse prazo, quando haverá um resultado.
- Pode ser falha no projeto, na execução ou ambos. Pode ser problema no terreno, algum vazamento, algo que promoveu que o terreno cedesse. Tudo isso tem que ser analisado minuciosamente para não cometer erros - cogitou.
Engenheiros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) de Criciúma também devem fazer uma perícia esta semana, mas, de acordo com o coordenador regional Ingo Eugênio, somente após a análise do IGP.
As vítimas estão sendo veladas desde a tarde desta quarta-feira, no Salão Paroquial da Igreja do bairro Maria Céu. O enterro de Adriano e Valdete será em Siderópolis, enquanto Daiane será cremada em Içara.