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A morte por atropelamento da estudante Ariele Simon Fures, 13 anos, em março, e outras vidas perdidas em acidentes nos últimos anos atestam que a Rua Júlio Calegari, no bairro Esplanada, em Caxias do Sul, é insegura para pedestres e condutores. A via é importante ligação de bairros da Zona Sul e de comunidades rurais.
Na tarde de sábado, familiares e amigos de Ariele paralisaram o trânsito por cerca de 40 minutos nas proximidades da empresa Visate. Portando cartazes e vestindo camisetas brancas estampadas com a foto da adolescente, pelo menos 130 pessoas exigiram mais atenção das autoridades para conter a alta velocidade dos veículos. A estudante foi atingida por um carro na manhã de 25 de março. Os pais da menina presenciaram o acidente.
O grupo que organizou a passeata reclama da sinalização insuficiente e da inexistência de quebra-molas. Fiscais da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade acompanharam o protesto.
Além da morte de Ariele, a Brigada Militar registrou na Júlio Calegari outro acidente fatal em fevereiro do ano passado: o motociclista Lucas Scotti de Melo, 19 anos, morreu ao se envolver na colisão com um caminhão. Em setembro de 2009, o eletricista Régis Paulo Batista da Costa, 55, também perdeu a vida ao ser atropelado por um ônibus na via. Três meses depois desse caso, foi a vez do adolescente Everton Luciano Dalmoro Borges, 16, morrer em um acidente de moto.
Além dos casos fatais, há ocorrências de colisões e atropelamentos que resultaram em feridos ou apenas em danos materiais. A família de Ariele pretende formalizar um pedido para a instalação de dispositivos de segurança para pedestres. O documento deve ser entregue na Secretaria de Trânsito.