Dilma Rousseff fala sobre lei da terceirização, ferrovias e relação com o PMDB durante visita a SC

Durante visita às cidades de Xanxerê e Ponte Serrada na manhã desta segunda-feira para conferir os estragos e anunciar medidas de apoio às vítimas do tornado que atingiu a região, a presidente Dilma Rousseff comentou também outras questões polêmicas.

A presidente foi questionada sobre seu posicionamento frente a três pontos: o projeto de lei das terceirizações, ferrovias e a relação de seu governo com o PMDB. Confira as respostas:

Terceirizações:
" Este é um fato em que existe uma área cinzenta e que precisa ser regulamentada, mas isso não pode significar perda de direito trabalhista nem pode significar não pagar impostos. Não podemos virar um país em que ninguém paga imposto. O governo tem que achar um equilíbrio, pois é importante ter legislação sobre a terceirização, mas sem eliminar direitos."

Ferrovias:
"Tenho orgulho que meu governo tenha investido em ferrovias. Concluímos um trecho de 1500 km, e agora estamos concluindo o trajeto Anápolis - Estrela d'Oeste, em São Paulo. O Brasil está tentando superar um déficit histórico de ferrovias. Aqui é um local que tem possibilidade. Estamos pensando em várias ferrovias e espero que consigamos fazer essa."

Relação com o PMDB:
"Acho que o Brasil tem mania de procurar confronto extraordinário onde não existe. Existe uma democracia, em um país continental, grande e plural, então há diferenças. Ninguém pensa igualzinho. A diferença que há com um partido, há com outro também, e mesmo dentro dos partidos há diversidade. Partidos são heterogêneos, é normal que haja conflitos. O imporate é que o PMBD integra meu governo, tem uma unidade".

Presidente e governador anunciam medidas de auxílio às vítimas

Antes do posicionamento à imprensa, em reunião com autoridades locais, governador Raimundo Colombo e ministros, Dilma Rousseff se comprometeu a dar prioridade total para a situação de Xanxerê e Ponte Serrada e a encontrar medidas rápidas para enquadramento das vítimas em linhas do programa Minha Casa Minha Vida ou em outras da Caixa Econômica Federal.

Outras medidas foram reafirmadas, como a liberação do FGTS e antecipação do pagamento do Bolsa Família para famílias atingidas e o repasse de R$ 5,8 milhões do Ministério da Integração Nacional para reconstruções - R$ 3 milhões para o Ginásio Municipal Ivo Sguissardi e R$ 2,8 milhões para casas e outras estruturas. O governador Raimundo Colombo anunciou a disponibilização de recursos a juro zero como capital de giro para empresas afetadas, através do Badesc.


 
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