Ao falar no nome da Arxo em Itajaí, empresa que produz equipamentos de armazenagem e transporte de combustíveis, o clima é de desconfiança. Empresários que acompanharam o crescimento da empresa desde a fundação entre as décadas de 1960 e 1970, quando a Arxo ainda se chamava Solda Pereira, afirmam que os empresários são reconhecidos pelo trabalho e dedicação, porém preferem não comentar abertamente sobre o crescimento, visto por eles como repentino.
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Segundo um funcionário ligado à gerência de uma distribuidora de combustíveis instalada em Itajaí, que preferiu não se identificar, a atividade da empresa iniciou focada em reformas de tanques de combustível.
- Naquela época não havia exigência em relação ao tanque. Mais tarde houve uma mudança na legislação que fazia exigências ambientais em relação à armazenagem. Então, todos os postos e distribuidoras tiveram que adquirir novos equipamentos. Isso fez com que a Arxo despontasse como referência no segmento - diz o executivo, que compra tanques com a Arxo há mais de 20 anos e nunca teve problemas.
- Pelo contrário, a empresa é reconhecida pela qualidade do produto e bom preço - afirma.
Ele diz que cada tanque custa em média de R$ 20 mil a R$ 40 mil, dependendo da capacidade. E que cada posto tem no mínimo quatro equipamentos do tipo.
- Caso eles não produzam mais, por exemplo, haverá um impacto grande no fornecimento não só da região, mas do país - afirma.
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Os funcionários também não parecem ter do que reclamar. Um deles, que também prefere não se identificar, trabalhou por três anos e meio na empresa na área de gerência de projetos. Há dois anos está fora da companhia e afirma que nunca houve motivos para reclamação:
- Era uma empresa correta e idônea com os funcionários.
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