Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens neste domingo a Dealberto Jorge da Silva Júnior, empresário encontrado morto no México no dia 11. A despedida ocorreu no Crematório Catarinense, em Jaraguá do Sul.
O corpo de Dealberto foi cremado por questões sanitárias em Miami e chegou ao Brasil neste fim de semana. A urna com os restos mortais de Dealberto será depositada no jazigo da família no Cemitério Municipal no Centro.
Mais de 250 pessoas participaram da cerimônia religiosa. Um vídeo foi exibido mostrando fotos de Dealberto com amigos e familiares ao longo dos 35 anos de vida. O irmão, Fernando Luis da Silva, que voltou para o Brasil na semana seguinte ao ocorrido, estava presente na maioria das fotos.
Um dos momentos mais marcantes foi quando a mãe de Dealberto, Marina da Silva, 62 anos, leu uma mensagem em que desejava que os filhos permanecessem pequenos, mas que sabe que Dealberto está com Nossa Senhora. O irmão, Fernando Luis da Silva, leu o salmo durante a missa.
O pai, Dealberto Jorge da Silva, de 62 anos, declarou que a família não está em condições emocionais para falar sobre o assunto e que é um momento de muita dor. Ainda não há data para urna ser levada para o jazigo da família.
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Em entrevista exclusiva ao programa Fantástico, na casa do advogado da família, na cidade catarinense, O irmão de Dealberto reafirmou o que contou em depoimento para a polícia mexicana. Bastante abatido, Fernando admitiu para a repórter Kíria Meurer, que usou drogas e álcool com o irmão durante um festival de música eletrônica.
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Ele contou também que, após o consumo de entorpecentes, viveu momentos de horror e passou dias perdido, dormindo na rua, até que conseguiu entrar em contato com a família e pedir ajuda.
-Consumi alguma coisa que eu acreditava que seria ecstasy, mas na verdade não sei o que foi. Eu senti medo, eu senti pavor, eu senti que tudo que eu fazia as pessoas estavam me olhando, mas pessoas estavam batendo foto, as pessoas estavam tentando me ferir de alguma coisa.
Fernando disse ainda que ele e o irmão Dealberto não costumavam usar drogas e sofreram uma espécie de delírio de perseguição.
-Ele teve um pouco mais do que eu tive, porque ele estava muito apavorado, muito desesperado, eu lembro que ele só dizia pra mim "irmão foge, foge, vem comigo vamos sumir daqui, tem alguma coisa acontecendo".
O jaraguaense contou também que ele e o irmão consumiram drogas na companhia de uma russa. Mas que a história de perseguição, máfia e sequestro, que se alastrou após um áudio no qual Dealberto pedia socorro se espalhar pelo WhatsApp, não passou de alucinação.
Em áudio, procurador mexicano diz que grupo usou ecstasy e cocaína antes da morte acidental de Dealberto:
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Ouça o áudio recebido pelos amigos do catarinense:
Despedida
Empresário morto no México é velado em Jaraguá do Sul
Dealberto Jorge da Silva Júnior foi cremado em Miami por questões sanitárias. A urna com restos mortais chegou neste final de semana
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