O novo presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Edson Brum (PMDB), assumiu o cargo neste sábado projetando um período de desafios pela frente. Ele comandará o parlamento gaúcho no primeiro ano do governo de José Ivo Sartori, que é do mesmo partido, e terá a missão de ajudar a aprovar projetos polêmicos, recheados de medidas amargas, com o objetivo de aplacar o caos nas finanças estaduais.
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Não por menos, em seu discurso de posse - não presenciado por Sartori, que já havia deixado o local - disse que "não se faz um Estado forte e próspero" sem a tomada decisões "nem sempre simpáticas, mas necessárias". Diante do plenário lotado, Brum pediu o apoio dos deputados.
- Não há fórmulas mágicas para resolver os problemas. Ao contrário, o melhor caminho é o diálogo franco. Essa casa não poderá fugir do debate. Para que isso ocorra, necessito da compreensão de todos. Teremos muitas lutas a serem enfrentadas. E coragem não me falta - disse o deputado.
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O novo comandante da Assembleia, que sucede Gilmar Sossella (PDT), também prometeu reduzir os gastos do Legislativo, citando como exemplo o corte de 140 funções gratificadas (FGs) - que inflavam os salários de funcionários do órgão.
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Vale lembrar que, em dezembro, os deputados aprovaram o reajuste dos próprios salários (de R$ 20 mil para R$ 25,3 mil). Apesar das críticas nas redes sociais e na imprensa, a decisão foi sancionada por Sartori - que só voltou atrás em relação à sua remuneração e a do vice, José Paulo Cairoli (PSD). O fato não foi mencionado por Brum.
- Há 10 anos, todos os presidentes desta casa trabalham buscando economizar para diminuir custos. Economizamos R$ 2,4 bilhões, e assim vamos continuar - garantiu.
Em entrevista coletiva concedida após a solenidade, ele também se comprometeu a regrar a concessão de medalhas para homenageados - tema que veio à tona na última semana, a partir do caso da ex-deputada Marisa Formolo (PT). Brum informou que esta deve ser uma das primeiras medidas de sua gestão.
Herdeiro de uma família de políticos com base em Rio Pardo, o novo presidente foi escolhido para liderar o parlamento gaúcho a partir de um acordo firmado entre as bancadas, que estabelece um sistema de rodízio entre os partidos. Ele também terá o desafio de lidar com um Legislativo mais diversificado.
Dos 55 nomes eleitos, 22 assumem o primeiro mandato - o que equivale a uma renovação de 40% das cadeiras. Além disso, o número de partidos com representantes saltou de 12 para 15 em relação à última legislatura. Sete deles (PPL, PPS, PR, PRB, PSD, PSOL e PV) contam com apenas um deputado.
De acordo com Brum, é a primeira vez na história que a Assembleia terá tantas bancadas. Por conta disso, um dos objetivos do peemedebista, além de "economizar gastos e assegurar transparência", é investir no "diálogo".
- Quero ser o presidente de todos os deputados - afirmou.
Confira a lista de deputados empossados por partido:
PT - Edegar Pretto, Luiz Fernando Mainardi, Jeferson Oliveira Fernandes, Tarcisio Zimmerman, Valdeci Oliveira, Nelsinho Metalúrgico, Stela Farias, Zé Nunes, Miriam Marroni, Altemir Tortelli, Adão Villaverde
PMDB - Fábio Branco, Edson Brum, Alexandre Postal, Vilmar Zanchin, Gabriel Souza, Álvaro Boessio, Gilberto Capoani, Tiago Simon
PDT - Marlon Santos, Eduardo Loureiro, Gilmar Sossella, Ciro Simoni, Regina Becker Fortunati, Gerson Burmann, Enio Bacci, Dr. Basegio
PP - Silvana Covatti, Pedro Westphalen, Ernani Polo, Frederico Antunes, Adolfo Brito, Sérgio Turra, João Fischer (Fixinha)
PTB - Aloísio Classmann, Marcelo Moraes, Ronaldo Santini, Luís Augusto Lara, Maurício Dziedricki
PSDB - Lucas Redecker, Jorge Pozzobom, Pedro Pereira, Adilson Troca
PSB - Elton Weber, Liziane Bayer da Costa, Miki Breier
PCdoB - Manuela D'Ávila, Juliano Roso
PRB - Sergio Peres
PSOL - Pedro Ruas
PSD - Mario Jardel
PPS - Any Ortiz
PR - Missionário Volnei
PPL - Miguel Bianchini
PV - João Reinelli
* Zero Hora
