Em nova assembleia realizada na tarde desta terça-feira (21), servidores do Banrisul decidiram permanecer em greve, pelo menos, até quinta-feira (23). A paralisação já dura 22 dias.
Com apitos, faixas e cartazes, os funcionários fizeram protesto dentro da sede do Banrisul, na Caldas Júnior, no centro de Porto Alegre. Por cerca de 20 minutos, eles entoaram gritos de guerra e fizeram apitaço próximo aos caixas eletrônicos. A mobilização prosseguiu do lado de fora. A porta principal chegou a ser fechada para impedir que os grevistas entrassem no local novamente.
Para esta quarta (22), os funcionários marcaram atividades esportivas e um almoço, também em frente à agência da Caldas Junior. Somente na quinta, o grupo se reúne, novamente, para discutir os rumos do movimento.
Em entrevista ao programa Gaúcha Repórter, o presidente do Banrisul, Túlio Zamin, afirmou que a categoria conquistou “avanços importantes”, que já foram reconhecidos por 19, dos 38 sindicatos.
“Achamos melhor recorrer à mediação do Tribunal Regional do Trabalho, na tentativa de buscar um ambiente isento e acelerar o processo”, explica. Túlio ressalta, ainda, que o impacto da greve é “negativo”, mas que há agências na Capital, e no interior, com atendimento normalizado, além de cerca de 70% do efetivo que já voltou ao trabalho.
Já o diretor da Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras do Estado (Fetrafi/RS), Juberlei Bacelo, ressalta que o ajuizamento do dissídio só pode ser feito de comum acordo com a categoria, o que levou a entidade a protocolar, ainda no sábado (18), contestação ao pedido do Banrisul. Segundo ele, os servidores querem a retomada das negociações com o banco.
