
O homem suspeito de ter amarrado e arrastado de carro uma égua por uma estrada em São Leopoldo, no Vale do Sinos, confirmou, em depoimento à Polícia Civil na terça-feira (25), que teria arrastado o animal por acidente, pois não viu que ele havia ficado preso. A égua foi encaminhada para atendimento.
Segundo o suspeito, que não teve a identidade divulgada, o objetivo ao transportar a égua seria abandoná-la, por não ter um local para mantê-la. O caso foi flagrado por um funcionário da Secretaria Municipal de Proteção Animal (Sempa) na Estrada do Socorro, no bairro Arroio da Manteiga, na segunda-feira (24).
— (O suspeito conta) que, ao amarrar e puxar o animal até o local (onde pretendia abandoná-lo), não percebeu que ele tinha caído e ficou preso e, por isso, continuou a andar com o carro — diz o delegado André Serrão, responsável pela investigação.
Conforme o delegado, o homem afirmou, durante o depoimento, que fugiu do local porque se desesperou.
— (Ele diz) que, ao olhar pelo espelho retrovisor do carro e ver o animal no chão, se desesperou e fugiu — conta Serrão.
O trabalhador da Sempa que viu o animal ser arrastado contou à polícia que o homem soltou a égua do veículo e fugiu depois que percebeu a sua presença.
Sem indiciamento
O homem vai responder a um termo circunstanciado de maus-tratos a animais, de acordo com a Polícia Civil.
— Tecnicamente, não há indiciamento. Nesses casos, a pena é de no máximo um ano, podendo aumentar se o animal morrer. É diferente quando falamos de cão e gato: a pena é de dois a cinco anos e, a gente tem uma reprimenda muito maior. Maus-tratos contra outros animais são tão graves quanto, mas é como é a legislação — explica o delegado Serrão.
Celeste
A égua foi batizada de Celeste pela clínica veterinária do Cesuca Centro Universitário, em Cachoeirinha. O centro especializado está responsável pelo tratamento do animal.
Conforme a prefeitura, o secretário de Proteção Animal e também médico veterinário, Cláudio Giacomini, atestou que o animal tinha ferimentos por todo o corpo, além de uma lesão antiga na articulação da pata direita.
Apesar dos ferimentos, Giacomini informou que a saúde da potranca era estável, mas exigia cuidados veterinários urgentes.