Depois de cerca de 11 horas e de ouvir quatro testemunhas de acusação sobre o caso Bernardo, o juiz Marcos Agostini, do Fórum de Três Passos, decidiu terminar as oitivas nesta terça-feira (26). Devido a falta de tempo, o magistrado dispensou outras sete testemunhas de acusação que iriam depor hoje. Eles irão depor no dia 8 de setembro, às 9 horas. No inicio da tarde, Agostini já havia dispensado 22 testemunhas de defesa. Até o momento, não foram informadas datas sobre quando estes depoimentos não realizados irão ocorrer.
Depuseram hoje a delegada Caroline Bamberg, o médico Celestino Schmitt, a dentista de Bernardo, Graziele Dreher, e a última oitiva foi com a delegada regional de Três Passos Cristiane Braucks. Ao todo, são 77 testemunhas. Algumas delas serão ouvidas por carta precatórias em outras cidades, como a a avó materna de Bernardo, em Santa Maria. Também não foi marcado o interrogatório dos quatro réus.
O vídeo com agressões e ameaças a Bernardo, mencionado pela polícia durante os depoimentos, ainda não foi divulgado.
Caso Bernardo
Bernando Uglione Boldrini, 11 anos, foi encontrado morto no dia 14 de abril, após dez dias desaparecido. O corpo do jovem estava em um matagal, enterrado dentro de um saco, na localidade de Linha São Francisco, em Frederico Westphalen. O menino morava com o pai, o médico-cirurgião Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e uma meia-irmã, de 1 ano, no município de Três Passos.
O pai, a madrasta e uma amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, respondem na Justiça por homicídio quadruplamente qualificado (motivos torpe e fútil, emprego de veneno e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. O irmão de Edelvânia, Evandro, também responde por ocultação de cadáver. O pai de Bernardo ainda é acusado por falsidade ideológica.