
Os sete municípios gaúchos que não entregaram no prazo a documentação necessária à Defesa Civil sobre os estragos causados pela chuva, apresentaram justificativas diferentes para a falha. Parte deles disse que foi informada sobre a necessidade da documentação em cima da hora.
O prazo final para a entrega era ontem. No caso de Barão do Triunfo, o coordenador da Defesa Civil Municipal, Severino Aloisio Lehmen, afirma que o município só ficou sabendo que precisava enviar um relatório na segunda-feira. Além disso, o questionário que precisava ser preenchido só chegou à prefeitura ontem, o último dia do prazo.
“Somente ontem à tarde enviaram um documento que nós deveríamos preencher para que o município pudesse ser incluído. E o prazo de entrega era ontem até 15h. Aí realmente não tinha como”, explicou.
Em Paraíso do Sul, o vice-prefeito João Ricardo também reclamou do atraso da comunicação do governo do Estado.
“Recebemos o questionário às 16h01 de segunda-feira, com prazo para entrega na própria segunda. Mesmo assim conseguimos mandar na terça, no final da tarde”, justificou.
Outros dois municípios explicaram que a decisão foi por abrir mão dos recursos. Em Erebango, o coordenador da Defesa Municipal, Rudinei da Rosa, explica que haveria muita demora, caso a população tivesse que esperar pela verba federal. Neste sentido, os agricultores mais prejudicados acabaram resolvendo a situação com recursos próprios.
“Na verdade, se eu pedisse recursos, isso ia demorar. O pessoal quer aproveitar o tempo firme, o sol que está fazendo, e a maioria já conseguiu replantar”, explicou.
Em Silveira Martins, a prefeitura decidiu abrir mão dos recursos porque essa verba será somente para resolver problemas emergenciais (recursos para compra de telhas, cobertores, remédios, por exemplo). O coordenador da Defesa Civil do município, Carlos Eduardo Tôndolo, afirmou à Rádio Gaúcha que o município já resolveu este ponto e, agora, vai focar os esforços para captar recursos para outra finalidade: a reconstrução de estradas e pontes.
Em Santo Ângelo, o diretor do departamento municipal de Defesa Civil, Valdecir Liverio, admitiu que houve demora por parte da prefeitura em relação à entrega dos documentos. A explicação é que o departamento de Defesa Civil recém foi criado na cidade.
A Rádio Gaúcha não conseguiu localizar os responsáveis pela entrega dos documentos nos municípios de Arambaré e Lajeado do Bugre.