A greve de funcionários da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), que começou na última segunda-feira, já causa problemas acima da média para os consumidores. Segundo o presidente da companhia, Gerson Carrion, como menos de 30% dos servidores do call center estão trabalhando, milhares de chamados não estão sendo recebidos.
Além disso, as equipes que saem para as ruas estão reduzidas em algumas regiões em menos de 50%. Gerson Carrion pede paciência aos consumidores e teme, principalmente, pela segurança.
"As implicações são de toda a ordem, principalmente, de cabos romperem e ficarem energizados. Como teremos dificuldades para atender por causa da greve, pedimos cuidado para a população. Essa é a prioridade no atendimento. A medida que não recebemos em um número adequado as demandas por telefone, já que é um processo integrado, não conseguimos despachar as equipes para que elas possam reestabelecer o serviço", disse neste domingo (6).
Os grevistas pedem aumento salarial de 12%, bônus alimentação de R$ 1,2 mil e que o reembolso do plano de saúde, que hoje é de R$ 275, passe para R$ 600. Já a CEEE, após cinco propostas, oferece aumento de 5,38% pagos em uma parcela, bônus alimentação de R$ 850 e reembolso do plano de saúde de R$ 300.
Na sexta-feira, uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que 70% dos funcionários em greve deveriam retornar às atividades de forma imediata, mas somente nas áreas operacional e de call center. São serviços considerados essenciais.
O presidente do sindicato garantiu que no final de semana tudo permanece como está. Segundo ele, nesta segunda-feira, eles se reúnem para decidir se cumprirão a decisão judicial ou se, não cumprindo, vão arcar com a multa de 50 mil reais por dia. Uma audiência de conciliação entre empresa e trabalhadores está marcada para a próxima quarta-feira.