Em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (31), no pátio da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), em Porto Alegre, ficou decidido que os trabalhadores continuariam em greve. O movimento iniciou à meia-noite. Com isso, a área técnica irá restringir sua atuação, trabalhando apenas em casos emergenciais, como manutenção de rede que abastece hospitais. Os casos que representam risco à vida, como fios soltos ou postes caídos, também receberão atenção.
Havia a expectativa de um entendimento por parte da companhia, que, na última sexta-feira (28), apresentou uma proposta de reajustes do salário e de benefícios. No entanto, os índices foram recusados na assembleia de hoje.
Segundo o presidente do Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul (Senergisul), Danilo Garcia, ainda há a expectativa quanto a decisão de servidores do interior do estado, que decidiriam durante a manhã. “Acreditamos que 60% da força de trabalho vai parar”, destaca.
A CEEE foi procurada para comentar a decisão dos funcionários, mas ainda não tinha nenhuma posição definida. Em um comunicado distribuído no final da madrugada de hoje, a Companhia afirma que quer “garantir a continuidade da prestação dos serviços públicos essenciais (...) além de não afetar as obras em andamento”.
Proposta
Os funcionários pedem 12% de reajuste salarial. A CEEE ofereceu 5,38% em duas parcelas. Os servidores também querem negociar os valores do plano de saúde (que hoje é de R$ 275), do bônus-alimentação (de R$ 800), além de pagamento de participação nos lucros.