Uma segunda-feira de chuva costuma ser pouco convidativa para os visitantes do Acampamento Farroupilha, que acaba habitado - em sua maioria - pelos patrões e caseiros que zelam dos piquetes.
Aprender sobre o processo de fabricação do chapéu campeiro, no entanto, pode ser opção de lazer para quem acredita que, durante a Semana Farroupilha, não tem tempo ruim. No Piquete Nossa Senhora Aparecida, o patrão Adalberto de Lima Junior, o Betão, não poupa explicações para os interessados em conhecer a produção do chapéu, um dos itens indispensáveis da indumentária gaúcha.
Vendedor há mais de 30 anos, Betão relata que entre as etapas do processo estão: a lavagem da lã de ovelha, a elaboração do feltro, a fabricação do cone, o tingimento e a formatação do tecido, de acordo com o tipo de modelo desejado. Na indústria, o processo depende de água e vapor, basicamente. Já no piquete, é artesanal, demonstrativo.
Para o ano que vem, Betão estuda a possibilidade de mostrar para o público da Copa o processo inteiro, até o acabamento do chapéu. Considera que será difícil, pela infraestrutura do parque para receber a máquina. Mas não desiste da ideia:
- Apesar de usar as máquinas, é um processo muito artesanal. Quem vê pronto não imagina todas as etapas que passou até chegar o resultado final - explica.
Nos dias 20 e 22, às 14 e 16h, respectivamente, ocorrem oficinas abertas ao público.
Opções para a chuva
Conheça como se faz chapéus no Acampamento Farroupilha
A produção de uma das peças mais importantes da indumentária gaúcha pode ser conhecida no parque
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