Confira abaixo os municípios onde ocorreram os protestos:

Pelo menos 11 cidades do interior do Estado realizaram manifestações nesta segunda-feira. Em algumas regiões ocorreram bloqueios de rodovias.
Cidreira: caminhada até a prefeitura ocorreu por volta das 14h e reuniu cerca de 400 pessoas segundo a BM.
Campo Bom: Ato pacífico ocorre desde às 17h no Largo Irmãos Vetter. Moradores se deslocaram até a Câmara de Vereadores para protestar.
Dois Irmãos: A concentração acontece desde às 18h na Praça do Imigrante, no centro da cidade. Ceca de 500 manifestantes, conforme a BM, fizeram uma caminhada pelas principais avenidas da cidade e se dirigiram à BR-116, bloqueando os dois sentidos da rodovia. Depois de uma hora, os manifestantes retornaram em direção à cidade.
São Leopoldo: manifestantes se reúnem desde às 18h, na Avenida João Corrêa. Bloquearam a BR-116.
Rio Grande: Conforme a BM, cerca de 400 manifestantes se reuniram no centro da cidade e se deslocaram pela Avenida Presidente Vargas, até a saída da cidade. Eles boquearam o acesso à BR-392. Depois caminharam em direção a uma empresa de transporte público, onde finalizaram o protesto.
Terra de Areia: manifestantes se reúnem às 18h na Praça José Ferraz e se deslocam até a Câmara de Vereadores, onde há sessão prevista para as 19h.
Farroupilha: protesto reuniu cerca de 3,5 mil pessoas e durou pouco mais de três horas, segundo a BM. Manifestantes chegaram a bloquear parcialmente a RSC-453. A Câmara de Farroupilha cancelou a sessão de hoje em razão da manifestação.
Caxias do Sul: Dois sentidos da BR-116 foram bloqueados, em frente ao monumento ao Imigrante. Manifestantes realizaram caminhada pelas principais avenidas da cidade e bloquearam a principal avenida de Caxias. A BM Chegou a disparar rojões contra os manifestantes. Cerca de 500 pessoas participaram do ato, segundo a polícia. Nenhum incidente grave foi registrado. Um foragido que estava em meio aos manifestantes foi reconhecido pelos policiais e preso na cidade.
Rio Pardo: manifestantes interromperam o trânsito no km 156 da BR 471 por cerca de 30min. Manifestação foi pacífica e terminou depois de cerca de uma hora.
Portão: Cerca de 400 manifestantes, segundo a BM, bloquearam os dois sentidos da RS-240, no viaduto de acesso ao centro da cidade. Depois de cerca de uma hora, o sentido Capital-Interior foi liberado. No sentido contrário, moradores realizaram caminhada em direção ao pedágio. Os dois sentidos voltaram a ser bloqueados, meia hora mais tarde, próximo ao pedágio. Depois de quase três horas, o local foi liberado.
Entenda o caso
A maior onda de protestos da história recente do país eclodiu no mês de junho e teve as redes sociais como catalisador. As manifestações, inicialmente contra o aumento das passagens, levaram mais de um milhão de pessoas às ruas em dezenas de cidades brasileiras. Os atos não possuem vinculação partidária.
Em Porto Alegre, os protestos começaram ainda em março. Manifestantes depredaram a prédios públicos e privados. Eles reivindicam a redução do valor da passagem para R$ 2,60. A tarifa chegou a subir para R$ 3,05 na capital, mas uma liminar derrubou o reajuste, e o preço segue R$ 2,85. No dia 13 de junho, em um novo protesto pelas ruas do Centro e Cidade Baixa, 23 pessoas foram presas.
Porém, os protestos mais violentos aconteceram na cidade de São Paulo, que registra atos desde 6 de junho. No dia 13, policiais e manifestantes entraram em confronto, e a capital paulista virou um cenário de guerra. Balas e bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas pelos PMs, e os manifestantes respondiam com paus e pedras. Mais de uma centena de pessoas ficaram feridas.
O dia 17 de junho foi o mais intenso: manifestações aconteceram em mais de 10 capitais brasileiras. Desta vez o motivo não era apenas o aumento das passagens, mas também contra a Copa das Confederações, repressão policial, corrupção, e melhores condições de saúde e educação. Mais de 100 mil pessoas fecharam ruas no Rio de Janeiro, e a Assembleia Legislativa foi depredada. Em São Paulo 65 mil pessoas fecharam avenidas. Em Brasília, houve tentativa de invadir o Congresso Nacional.
Os primeiros resultados começaram a ser obtidos. São Paulo, Rio, Porto Alegre e outras cidades revogaram o aumento das passagens. Mas as medidas tomadas pelas prefeituras não frearam os protestos, e os atos seguiram.
O grande problema, tanto para os governos quanto para os ativistas, são os atos de vandalismo cometidos por uma minoria radical. Depredações, saques, começaram se tornar rotineiros. No dia 20, um jovem de 18 anos morreu atropelado em Ribeirão Preto, e no dia seguinte, em Belém do Pará, uma gari que respirou gás lacrimogêneo também morreu.
Nas redes sociais, protestos continuam sendo marcados, sempre com confirmação maciça dos jovens.