
O protesto pacífico que inicou em Pelotas no final da tarde desta quarta-feira reuniu milhares de pessoas no Largo Edmar Fetter, no centro da cidade.
Alguns manifestantes protestavam contra os preços cobrados pelo aluguel de lojas no Pop Center, iniciativa de shopping popular similar ao Camelódromo de Porto Alegre, e professores do município pediam maiores salários. Um grupo também protestou contra o projeto conhecido como "cura gay" e o polêmico deputado Marco Feliciano, levantando a defesa de maiores direitos para os homossexuais. A redução das passagens de ônibus também foi uma das pautas.
A manifestação foi pacífica, apesar de algumas depredações sem maiores consequências durante a caminhada pela avenida Marechal Floriano. O ato seguiu pela avenida Bento Gonçalves sem incidentes até próximo das 20h, quando parte dos manifestantes entrou em conflito com a Brigada Militar. Ao passar em frente a uma igreja evangélica, algumas pessoas tentaram incitar os fiéis a saírem para a rua. A BM interveio e fez um cordão de isolamento em frente ao templo da Igreja Internacional da Graça de Deus.
Momentos depois, um grupo começou a atirar pedras contra os policiais, que chegaram a usar contêineres de lixo como proteção. O Pelotão de Operações Especiais (POE) foi acionado e disparou alguns tiros de borracha, mas não chegou a usar gás lacrimogêneo. Dois manifestantes foram presos e encaminhados à Delegacia de Pronto Atendimento. Um soldado e um tenente ficaram feridos, este último chegou a perder um dente. Ambos foram encaminhados ao HPS.
Segundo a BM, lixeiras foram queimadas e houve depredações em automóveis, lojas e a igreja onde iniciou o conflito.
Policial mostra as pedras jogadas por alguns manifestantes
Foto: Jerônimo Gonzalez/Especial
Após o confronto, o grupo de policiais que acompanhava o protesto retornou para o batalhão e recebeu ajuda do choque e da polícia montada, que ainda não haviam entrado em cena. Os manifestantes começaram a dispersar e retornaram em direção à área histórica do município, com o objetivo de chegar à prefeitura. O batalhão de choque da BM fez uma barreira entre a prefeitura e o Mercado Público da cidade até a dispersão completa dos manifestantes.
