
Atriz, cantora, publicitária, jornalista, apresentadora, esposa e mãe. Carol Palmeira tem múltiplas versões. Ela veio de Belém do Pará em maio de 2024 e, atualmente, trabalha como repórter da RBS TV de Caxias do Sul, onde mora com sua família.
O motivo da mudança? Seu marido, o goleiro Thiago Coelho, foi contratado pelo time grená. Na sequência das entrevistas de Dia da Mulher, a equipe de esportes do Grupo RBS foi à casa da família para saber mais sobre a trajetória da Carol.
Quem conversa um minuto com a anfitriã, já sabe que a comunicação é muito presente na vida dela. Voz de locutora e muito falante, explicou que desde muito pequena sabia que queria seguir nesta área:
– Minha mãe falava "e aí, o que quer ser quando crescer?". Eu falava "quero ser comunicadora". Por que? Na infância, dos anos 1980, tempos de Show da Xuxa, meu brinquedo favorito era qual? O grande microfone!
Apesar das certezas desde pequena, cursou primeiro a faculdade de Publicidade, mas não se identificou. Em seguida, foi para o Jornalismo. Ao mesmo tempo participava de uma banda baile, cantando em eventos e barzinhos.
– Eu cantava sábado até 3h, chegava suada, tinha de lavar o cabelo, tirar maquiagem, fazer escova de novo. Dormia, acordava às 6h para às 7h já estar na televisão para me arrumar e passar o texto, porque o programa que eu apresentava na TV era domingo às 9h.
Entre as andanças da carreira, a jornalista foi morar no Rio de Janeiro para trabalhar na área de cultura. Aliado a isso, fez cursos de teatro, para tentar driblar a timidez e melhorar em frente às câmeras. Durante sua passagem pela cidade maravilhosa, foi convidada por alguns produtores musicais para lançar sua primeira música.
– Eles estavam produzindo Iza, Pablo Vittar, Gloria Groove e me convidaram para entrar num selo musical da Som Livre, que chamava Inbraza. E, ali, eu tive oportunidade de lançar minhas músicas e fazer um canal no YouTube falando sobre música, bastidores, perrengues em shows. Eu produzia, editava, fazia de tudo.
Depois de passar parte da pandemia sozinha no Rio, Carol recebeu uma ligação de seu ex-chefe de Belém para integrar um novo projeto para o jornal no horário do almoço. Mas não foi só a carreira que mudou de rumo nesta mudança. Um mês depois de voltar ao Pará, em maio de 2021, a jornalista conheceu Thiago, então jogador do Remo.
– Eu não sabia nada sobre futebol, mas conversamos nas redes sociais. Como ele precisava fazer teste de covid a cada dois dias, me senti segura. Desde o momento que a gente se encontrou, já estávamos namorando. Nossa relação foi muito intensa, a gente ficou noivo depois de cinco meses.
Logo ela percebeu que a vida de quem está no meio do futebol é diferente. Muitos jogos, viagens, concentrações. E como conciliar?
– Eu estava numa posição de âncora de um jornal da noite, o segundo lugar na audiência. Me entendia no auge. Achei que estava com tudo resolvido.

Pouco depois, Carol descobriu que estava grávida da Cecília. Junto, Thiago foi para o São Bento, de Sorocaba (SP). Durante um período, eles viveram uma relação à distância, para ela ter um suporte da família enquanto vivia este momento delicado da vida.
Ainda em 2024, depois que acabou o Paulistão, o goleiro foi chamado para a temporada do Caxias. Já com a bebê de dois meses, a jornalista atravessou o país para vir ao Sul, morar com seu marido. Foi um período em que ela teve de escolher deixar de lado sua profissão.
– Não tenho uma carreira curta, investi muito em mim. Mas dei uma pausa pela minha família, mas sempre vou dar um jeitinho de me aproximar do trabalho. A carreira de jogador é muito curta. A prioridade é a carreira dele, para a gente ter uma estabilidade na vida, mas, ao mesmo tempo, sei que eu vou poder ser jornalista enquanto eu tiver vida.