O clássico contra o Brasil, pela 14ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, será "um jogo similar" ao que a Argentina fez com o Uruguai (vitória por 1 a 0), considerou, nesta segunda-feira (24), o técnico da 'Albiceleste', Lionel Scaloni.
"Esperamos um jogo similar ao do Uruguai, mas esperamos que seja mais parecido com o primeiro tempo do que com o segundo tempo. Dentro de um jogo você pode dominar ou ser dominado. O Brasil tem potencial para dominar porque é uma das maiores seleções do mundo, mas estaremos preparados", disse Scaloni em entrevista coletiva.
Faltando cinco rodadas para o final das Eliminatórias, a Argentina precisa apenas de um empate para garantir vaga no Mundial do ano que vem. Inclusive, a equipe pode chegar para o clássico com a Seleção Brasileira já classificada, caso a Bolívia (7ª) não vença o Uruguai no jogo que acontece horas antes em El Alto.
Scaloni também se referiu às declarações de Raphinha, que falou em dar "porrada" nos argentinos.
"Não me aprofundei sobre as declarações, mas ouvi alguns comentários. É Argentina x Brasil, e é um jogo importante, mas não deixa de ser um jogo futebol. Lembro da imagem depois da Copa América de 2021, de Leo [Messi] com Neymar, sentados na escada do Maracanã. Essa é a imagem que tem que ficar", disse.
O treinador destacou que "esses grandes jogos sempre foram jogados assim. Eles são trabalhosos, difíceis. Imagino que, com os jogadores que eles têm do meio-campo para frente, eles são um time ofensivo. Então, você tem que saber como contra-atacar com suas armas, estar alerta e agredir controlando a bola".
Scaloni também falou sobre possíveis atos de racismo que preocupam os jogadores do Brasil, mas expressou que "essa questão, logicamente, está fora de alcance. Não existe na nossa cabeça. Esperamos que as pessoas que forem torçam pela Argentina e os brasileiros pela sua seleção".
O técnico argentino não confirmou o time titular para o clássico, mas anunciou o retorno de Rodrigo de Paul ao meio-campo, provavelmente no lugar de Giuliano Simeone ou Leandro Paredes.
Scaloni foi lembrado de que a Argentina não vence o Brasil em casa nas eliminatórias há 20 anos e, a esse respeito, observou: "É uma estatística. Ela será quebrada algum dia, e espero que amanhã. Se não, tudo bem. É um jogo importante, mas ainda é um jogo para nos consolidarmos, para continuarmos no mesmo caminho".
* AFP