Neymar disputou sua terceira partida em seu retorno ao Santos na noite de quarta-feira. Sem empolgar, o atacante protagonizou bons lances individuais, porém sem ser decisivo. Ao fim da partida, o técnico Pedro Caixinha exaltou a minutagem obtida pelo atacante na derrota para o Corinthians, no clássico disputado na Neo Química Arena.
"O que ele jogou em dois anos, as lesões que passou e agora ter essa minutagem, o que está fazendo em campo... Tem que ganhar ritmo só jogando e recuperando. Alguns jogadores estão também nessa dinâmica", disse o treinador português ao comparar o atacante com outros santistas que também estão fora de ritmo de jogo.
O clássico desta quarta não foi o jogo com maior minutagem de Neymar desde sua volta ao clube praiano. Ele começou como titular e deixou o gramado aos 22 minutos do segundo tempo. Contando os acréscimos do primeiro tempo, se aproximou dos 70 minutos em campo.
Na estreia, contra o Botafogo-SP, entrou no decorrer do segundo tempo. Permaneceu em campo por cerca de 40 minutos. Na segunda partida, diante do Novorizontino, Neymar registrou seu maior tempo em campo, com 81 minutos, incluindo os acréscimos do primeiro tempo.
O Santos ainda não venceu desde o retorno do Menino da Vila. São dois empates e uma derrota, para o Corinthians. Curiosamente, o time da Vila Belmiro não fez gol com Neymar em campo desde sua reestreia.
ESQUEMA TÁTICO
Na Neo Química Arena, Pedro Caixinha surpreendeu a torcida santista ao mudar o esquema tático, jogando com três zagueiros: Zé Ivaldo, João Basso e Luan Peres. O Santos acabou sendo superado por 2 a 1, com dificuldades nas transições, tanto da defesa para o meio quanto da armação para o ataque.
"Essa estrutura foi pensada para este jogo. Pensada em função do momento do adversário. O Corinthians não perde aqui há muitos jogos. Esse é o 17º. Uma equipe com essa confiança, com quatro vitórias consecutivas jogando aqui. É preciso pensar o jogo", justificou Caixinha.
Ele indicou que o esquema com três zagueiros não deve ser repetido para as próximas partidas, nas quais o time precisa reagir para se classificar ao mata-mata do Paulistão. "Foi muito bom da forma que abordamos. Mas não tivemos eficácia na última zona para ter um melhor resultado. A equipe reagiu bem e lutou pelo resultado possível, que seria o empate. Estamos satisfeito pelos comportamentos."