Dinastia significa ter o poder e o comando sobre algo. Na NFL, há uma dinastia e o líder dela é Patrick Mahomes, o quarterback do Kansas City Chiefs. São sete temporadas dele como titular na principal liga de futebol americano do mundo, três títulos de Super Bowl conquistados, além de aparições frequentes na principal partida da NFL.
Aos 29 anos, Mahomes mostra a cada dia o tamanho da sua liderança e o quão importante é para os Chiefs. No dia 9 de fevereiro, em Nova Orleans, ele disputará seu quinto Super Bowl na carreira, em busca do quarto título, podendo entrar para a história como o primeiro tricampeão consecutivo.
Para chegar até este momento, já sendo considerado um dos melhores e maiores da história do esporte, Mahomes teve uma trajetória sem muitos holofotes, mas se mostrando um vencedor e um líder nato. No período de universidade, antes de entrar na NFL, o quarterback defendeu o programa de Texas Tech, que está longe de ganhar títulos, mas costuma formar bons jogadores.
— Ele tem muito espírito competitivo. Ele sempre acha que vai vencer e acha que é o melhor jogador toda vez que entra em campo — disse Kliff Kingsbury, ex-treinador de Texas Tech entre 2013 e 2019, após vitória de virada com pontuação marcada por Mahomes.
Foram três temporadas no College Football, com 32 jogos disputados, 11.252 jardas, 93 touchdowns e 29 interceptações. O aproveitamento de passes completos de Mahomes foi de 63,5%, um número bastante elevado para a posição. Essas estatísticas ligaram um sinal de alerta em algumas equipes da NFL no draft 2017.
Era Mahomes na NFL
No recrutamento daquele ano, o nome de Mahomes não era o mais falado. Longe disso, poucos tinham conhecimento sobre o estilo de jogo dele. Quarterbacks não foram o foco das escolhas, mas houve duas decisões que mudaram os rumos da NFL.
Em primeiro lugar, o Chicago Bears realizou uma troca para escolher Mitchell Trubisky na segunda posição. Atualmente, o quarterback é reserva do Pittsburgh Steelers, e considerado fraco para ter uma nova oportunidade. A outra decisão importante partiu dos Chiefs, que tinham a 26ª escolha e fizeram uma troca para selecionar em 10º. A franquia viu algo em Mahomes, e no fim estava certa.
Já na temporada 2018, ele foi eleito o MVP da temporada e chegou à final da Conferência Americana (AFC). Porém, apesar de boa atuação, foi derrotado para o New England Patriots de Tom Brady. Na disputa do ano seguinte, a primeira ida ao Super Bowl e o primeiro título sobre o San Francisco 49ers.
Em 2020, Mahomes levou os Chiefs para a decisão da NFL. Contudo, mais uma vez foi derrotado por Brady, desta vez no Tampa Bay Buaccaneers. O segundo baque veio em 2021, com derrota na final da AFC para o Cincinnati Bengals de Joe Burrow.
Apesar dos dois momentos de fracasso, Mahomes soube se levantar como um grande líder e aprendeu com os erros das derrotas. O segundo título foi na temporada 2022. Junto do Super Bowl em cima dos Eagles, o quarterback venceu o prêmio de MVP da temporada regular e da decisão. O bicampeonato, e terceiro título de Mahomes, veio com mais um triunfo contra os 49ers, coroando Mahomes como o principal nome da NFL na atualidade.
O tricampeonato inédito está próximo e o adversário será mais uma vez os Eagles. Mahomes não foi o melhor quarterback da temporada, porém, ele é de longe o mais decisivo e o que mais sabe vencer. Kingsbury estava certo na sua avaliação, pois, estamos diante de um quarterback que sempre acha que vai vencer, e vence. De alguém que acha que é o melhor jogador, e é.