A Assembleia Geral da CBF definiu, nesta quarta-feira (23), que Ednaldo Rodrigues é o novo presidente da entidade. Ele já ocupava o cargo interinamente desde o afastamento de Rogério Caboclo, punido por conta de acusações de assédio sexual.
Mesmo com uma liminar da Justiça de Alagoas exigindo a suspensão do pleito, a eleição foi realizada. De acordo com o peso dos votos, Ednaldo Rodrigues foi eleito com 137 votos. No geral, 26 das 27 federações (que têm peso três) foram favoráveis à candidatura de Ednaldo. A única a não enviar representante foi a Federação Alagoana.
Os 20 clubes da Série A (peso dois) também votaram no novo presidente. Entre as equipes da Série B, apenas a Ponte Preta teve seu voto invalidado, pois a procuração tinha um erro.
A votação ocorreu na sede da confederação, no Rio de Janeiro. O dirigente baiano, primeiro nordestino a ocupar a cadeira presidencial, era candidato da única chapa que se inscreveu.
Porém, no mês passado, um dos vice-presidentes da entidade, Gustavo Feijó entrou com um processo para que o pleito fosse suspenso. O pedido, em caráter liminar, foi aceito pela 1ª Vara Cível da Justiça de Alagoas.
No pedido, Feijó argumentava que foi retirado do cargo com antecedência e a assembleia para definir as regras eleitorais não aconteceu conforme previa a lei. Ele defende que os clubes da Série B e de equipes de futebol feminino deveriam ter participado da discussão que definiu o peso dos votos.
A Lei Pelé estabelece que as assembleias da CBF tenham participações de times das Séries A e B, mas não especifica o gênero. O dirigente usou sem sucesso esta argumentação na comissão eleitoral na comissão eleitoral da entidade, mas seu pedido foi negado.
Após a eleição desta quarta, o presidente eleito se manifestou brevemente. Ednaldo Rodrigues afirmou que foi alvo de preconceito e concluiu:
— Hoje a democracia venceu.