Hamilton Mourão defendeu a realização da Copa América no Brasil e fez críticas ao técnico Tite, da Seleção Brasileira, na manhã desta segunda-feira (7).
Na chegada ao Palácio do Planalto, o vice-presidente da República foi questionado por repórteres sobre as polêmicas que envolveram a defesa do governo federal à realização da competição continental no país após as desistências de Colômbia e Argentina.
Mourão fez críticas a Tite, visto por apoiadores do governo de Jair Bolsonaro como responsável pela resistência do grupo de jogadores em participar da Copa América.
— Não vou entrar nesta discussão. Eu acho que faz parte dessa disfuncionalidade que nós estamos vivendo. Eu sou do tempo em que jogador de futebol, quando era convocado para a Seleção Brasileira, era considerado uma honra. O técnico, ele não quer mais? Não quer, o Cuiabá está precisando de um técnico, aí, não está? Então leva lá, sai, pede o boné. Acho que isso é uma discussão, neste momento, totalmente disfuncional — afirmou o vice-presidente.
Os jogadores da Seleção prometeram para esta terça-feira, depois do jogo contra o Paraguai, pelas Eliminatórias, uma manifestação oficial. Na semana passada, surgiu a informação de que o grupo se uniu para não jogar a Copa América em solo nacional.
No domingo, o jornalista André Rizek, do SporTV, noticiou que a CBF havia prometido a Jair Bolsonaro a troca de Tite por Renato Portaluppi no comando da Seleção, e o ex-treinador do Grêmio faria uma nova lista de atletas para disputar o torneio. No entanto, horas depois o presidente da CBF, Rogério Caboclo, foi afastado do cargo por conta de uma denúncia de assédio sexual e moral por uma funcionária da entidade.
Segundo o jornalista Gerson Camarotti, do G1, interlocutores de Bolsonaro admitem que o afastamento de Caboclo aumenta a percepção desgastada da realização da Copa América no Brasil.