Com pouco dinheiro nos cofres, os clubes brasileiros se movimentam de forma econômica e ainda tímida na busca por reforços para a temporada 2018. As principais aquisições feitas pelos grandes times até agora foram ou atletas que chegaram por empréstimo, ou jogadores que estavam livres no mercado e desembarcaram de graça.
Os maiores exemplos são o meia Lucas Lima, que trocou o Santos pelo Palmeiras, o volante Renê Júnior, que deixou o Bahia e assinou com o Corinthians, e o volante argentino Desábato que saiu do Vélez Sarsfield para acertar com o Vasco. Todos esses jogadores estavam livres e assinaram sem custos.
A exceção à regra, como de praxe, é o Palmeiras, responsável pelas maiores transações do futebol brasileiro até agora. O clube paulista desembolsou R$ 2 milhões para contratar o goleiro Weverton, do Atlético-PR, e pagou R$ 5,8 milhões por 25% dos direitos do lateral Diogo Barbosa, que estava no Cruzeiro.
Estes dois casos, no entanto, são excepcionais. As negociações milionárias, rotina no Brasil há poucos anos, deram lugar a contratações criativas e baratas.
O Santos, por exemplo, apostou no lateral Romário, destaque do Ceará na Série B 2017, que também chegou à Vila Belmiro sem custos. Já o Corinthians está de olho no lateral Juninho Capixaba, do Bahia, e tenta utilizar jogadores como moeda de troca, justamente para não gastar.
Para dentro de campo, no entanto, nomes mais badalados no futebol internacional, no momento, não passam de sonhos dos clubes. O lateral-direito Rafinha, do Bayern de Munique, é alvo de Flamengo, Palmeiras e Cruzeiro.
Já o atacante Gabigol, que pertence à Internazionale, mas está emprestado ao Benfica, é pretendido por São Paulo e Cruzeiro. A dúvida é se os clubes brasileiros estarão dispostos a abrir os cofres para fazer uma contratação deste tipo de impacto.
Algo que chama atenção é que algumas das principais novidades no mercado da bola brasileiro neste final deste ano estão fora das quatro linhas. O Fluminense, por exemplo, anunciou nesta segunda o ex-técnico Paulo Autuori como diretor-executivo de futebol. Na semana passada, o São Paulo já havia contratado o ídolo Raí para a mesma função.
Esses dirigentes terão a missão, juntamente com os colegas dos outros clubes, de usar a criatividade para elevar a qualidade técnica dos planteis dos times brasileiros, sem torrar o pouco dinheiro disponível para contratações.