Além de Luan, outro convocado de Tite se sentirá em casa na Arena na noite desta quinta-feira, quando o Brasil encara o Equador pelas Eliminatórias.
Trata-se de Giuliano, um dos homens de confiança do técnico na Seleção, que, aos 27 anos, já teve boas passagens por Inter e Grêmio e recentemente deixou o Zenit, da Rússia, e acertou-se com o Fenerbahçe, da Turquia.
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Nesta entrevista a ZH, o ex-meia da dupla Gre-Nal fala sobre como espera ser recebido pela torcida gaúcha, o sonho de jogar a Copa, a perspectiva do hexa e seu novo momento no futebol turco.
Como é para você voltar a Porto Alegre e jogar na Arena com a Seleção?
Sempre é bom voltar onde você é benquisto. Minha expectativa é muito boa de jogar em Porto Alegre, na Arena do Grêmio. Foi recente a minha passagem, fiz uma história bonita e conheço muita gente na cidade. Tenho muitos amigos, estou feliz e confiante, tenho certeza que serei bem recebido pelo povo gaúcho.
A menos de um ano da Copa, você acredita que estará na lista de Tite?
Ao mesmo tempo em que está tão perto, faltam 10, 11 meses, muita coisa ainda pode mudar. O futebol é assim. O Tite sempre deixou muito claro de que nós precisamos estar jogando o nosso melhor, em alto nível, crescendo e progredindo na carreira. Desta forma, nossas chances de estar na Seleção são maiores. Não me vejo ainda como um jogador em definitivo na Copa, mas sim com possibilidades, com grandes chances, até pela história que tenho na Seleção. Mas isso tudo vai ocorrer conforme meu trabalho no Fenerbahçe.
O Brasil, com o trabalho do Tite, tem chances de buscar o hexa?
Falar de título de Copa do Mundo ainda está muito longe. Primeiro tem estreia, ainda temos jogos das Eliminatórias, mesmo sabendo que já estamos classificados para o Mundial. Mas todos são jogos preparatórios que vão fazer com que a gente chegue forte na Rússia. Falar de título ainda é muito cedo, mas claro que o Brasil sempre é favorito pelo o que representa no futebol.
Você jogava na Rússia há pouco tempo. Como o país está se preparando para receber a Copa?
Até o tempo que fiquei no Zenit, muitas coisas estavam bem avançadas em relação à Copa. Os estádios praticamente novos, prontos. Na cidade em que eu vivia, São Petersburgo, também muita movimentação para melhorar o transporte público, trânsito, as ruas. Acredito que a Rússia estará bem preparada para fazer um grande evento. É um povo que gosta muito de futebol, os estádios estarão cheios para uma grande Copa do Mundo.
Como você tomou a decisão de trocar o Zenit pelo Fenerbahçe?
Depois dos amistosos da Seleção com Argentina e Austrália, voltei para fazer a pré-temporada e tinha mudado time, treinador, diretoria. Enfim, muitas coisas. Chegaram muitos jogadores novos e de início, percebi que o treinador, o Roberto Mancini, não contava muito comigo. Sabendo disso, procurei alguma solução. Recebi proposta do Fenerbahçe, um grande clube da Turquia, entrei em acordo e decidi vir para cá. Futebol muda muito rápido e a vida segue. Tive minha melhor temporada na carreira pelo Zenit. Agora inicio um novo desafio e espero ter o mesmo êxito.
Na Rússia, os brasileiros são menos observados do que em outras ligas?
Com a mídia, não acredito que os jogadores são menos observados na Rússia. Em todos os lugares você consegue obter informações sobre os jogadores. Hoje em dia, não existe lugar e nem time desconhecido. Você sempre é valorizado pelo que faz. E se fizer bem o seu trabalho, vai ser reconhecido, independentemente do país onde você esteja.
Você acompanha a dupla Gre-Nal? Acha que o Grêmio pode ganhar a Libertadores e o Inter voltará à Série A?
Continuo, sim. O Inter mais por notícias e o Grêmio tenho assistido a alguns jogos. O Grêmio está muito forte este ano, adquiriu uma confiança muito grande. Não passou na Copa do Brasil, mas está muito forte na Libertadores e no Brasileiro. Conseguiu uma qualidade e segurança muito forte com o Renato, é um dos favoritos no Brasileiro e na Libertadores. O Inter começou muito mal na Série B, mas retomou seu caminho e hoje é o líder. Não tenho dúvidas de que o Inter estará na Série A no ano que vem.
Luan jogou com você no Grêmio e estará com você na Seleção. Como um jogador que é cobiçado por europeus consegue manter o foco em campo?
Ele vive um momento especial na carreira dele. Foi muito merecedor desta convocação. Ele é muito jovem, nunca saiu do Brasil e tem muita especulação. É difícil administrar. Você precisa ter uma base forte, de família, de pessoas que te dão apoio para fazer seu trabalho dentro de campo, esquecendo o lado externo. É claro isso que muitas vezes interfere, mas o Luan está assimilando bem, deixando para o empresário cuidar disso e se concentrando em jogar. Por isso tem feito bons jogos.
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Adriano de Carvalho
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