Descartado seis meses depois de uma conquista inédita na Olimpíada do Rio de Janeiro, Rogério Micale ainda sente as dores da ferida pela demissão da CBF. Ele esfriou um pouco a cabeça durante o Carnaval, acompanhando na Sapucaí o desfile das escolas de samba.
Micale reconhece que o resultado no Sul-Americano sub-20 foi ruim. Admite que mudanças de treinador fazem parte da cultura do futebol brasileiro. Mas criticou a condução da troca por parte do comando da entidade, especialmente por Edu Gaspar, coordenador da Seleção.
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– Faltou transparência – sacramentou.
A decepção atinge até Tite, a quem não poupou críticas:
– Surfaram na onda da Olimpíada. Estou me referindo ao Tite e ao Edu. Vemos isso claramente. O sucesso tem muitos pais. O fracasso se torna órfão.
O treinador disse que deixa um legado ao tentar conduzir a seleção brasileira dentro das características históricas do futebol nacional.
– O maior legado foi tentar ganhar buscando nossa característica, futebol ofensivo, em busca do gol. Tentando explorar a característica do nosso jogador, o 1 contra 1. Um futebol que foge do tradicional. Foi o que tentei. Em um momento, consegui – explicou.