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Mais novo evento de MMA do Brasil, o Fight 2 Night terá sua primeira edição nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro. Embalada pela promessa de grandes lutas – com nomes como Thiago Silva, Rameau Sokoudjou e Willy Patolino, que farão algumas das lutas do card principal da noite a partir das 20h, a competição é organizada pelo ator Bruno Gagliasso e terá diversos shows, com Marcelo D2 como atração principal. No ringue, no entanto, a gaúcha Iasmim Casser fará seu primeiro combate. A jovem de 18 anos, nascida em Rio Grande, enfrentará Jamila Sandora em uma luta amadora.
Será a primeira vez de Iasmim em uma disputa de MMA. Até um mês atrás, ela lutava apenas muay thai e jiu jitsu, mas deixou a zona sul do Estado para vir a Porto Alegre se especializar em artes marciais mistas. Treinando com a equipe Boxer, comandada por Fabiano Montes Doca, a gaúcha aceitou o desafio de encarar um novo estilo de lutas e promete entrega total para uma nova carreira.
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Como foi esse começo tão rápido, com um mês entre os treinos e a primeira luta?
Quando cheguei em Porto Alegre, vim com a luta já marcada. Pela credibilidade do meu mestre (Fabiano), e pelas lutas títulos que eu tenho no muay thai, fui convidada para participar. O mestre vinha conversando comigo sobre MMA há bastante tempo, e enquanto eu estava em um Brasileiro de muay thai, ele disse que tinha a proposta para o evento. Pensei "nossa, mas já?", pois imaginei que tinha que treinar por anos para lutar MMA. O mestre falou que era só uma ideia, mas o tempo passou e fomos trabalhando com isso. Terminei meus estudos técnicos em química em Pelotas, onde estudava, e decidi vir. Aí já estava tudo confirmado.
Que tipo de treinos você teve neste mês?
Fiz um camp bem efetivo e tive de aprender novas técnicas, como a "parede" (usando a grade do octógono). A luva de MMA é muito diferente, assim como a base. Isso tudo foi novo, mas ao mesmo tempo fomos integrando nos treinos, e eu fui aprendendo. Achei o tempo certo e consegui entender como funciona a dinâmica. Como será uma luta amadora, não vão valer golpes como as cotoveladas, e isso me deu um nó na cabeça, mas agora está tudo certo.
Você conhece a Jamila Sandora, sua adversária?
Não, só vou descobrir como ela joga na hora. Não conheço muito o seu histórico, mas creio que seja agressiva, pois é uma mulher forte. Ela é muito simpática, não temos nenhum clima ruim entre nós. Imagino que vá ser uma luta bem diferente das minhas de muay thai.
Por ser uma luta amadora, você acha que terá menos pressão do que nas suas competições anteriores?
Pressão sempre tem. Eu me cobro muito, até mais do que deveria. E muita gente deposita confiança em mim, dizendo "tu vai ganhar". É uma responsabilidade grande.
Você disse que se formou em química. Pensa em seguir carreira como lutadora, ou planeja outro tipo de futuro?
Comecei estudando música, e dava aula para crianças e idosos. Depois estudei química junto com o ensino médio, em um curso técnico. Eu iria trabalhar com isso se não tivesse acontecido tudo com o MMA. Sou muito oito ou 80. Se eu faço algo, faço 100%. Resolvi acreditar no MMA.
*ZHESPORTES