Um time já está garantido nas quartas de final da Superliga masculino, o outro tem de vencer e secar o adversário que está a sua frente na tabela, e o terceiro representante do Estado tem poucas chances de avançar à próxima fase e ainda está ameaçado de rebaixamento.
Assim chegam as equipes gaúchas à rodada decisiva da principal competição de vôlei do país, que será disputada nesta quarta-feira com todas as partidas programadas para começar as 20h. Veja a seguir um balanço das participação do trio do Rio Grande do Sul na primeira fase na Superliga e os cenários para a classificação aos playoffs. As partidas de mata-mata serão disputadas em melhor de três, nos dias 16, 18 e 22 de março.
Bento Vôlei/Isabela
A derrota em casa por 3 a 0 para o São José dos Campos, em partida válida pela 15ª rodada da Superliga, em 30 de janeiro, é um marco da recuperação do time de Bento Gonçalves na Superliga. O revés contra um adversário direto pela vaga aos playoffs tirou o Bento do G-8.
Na reapresentação dois dias depois da derrota, o técnico Paulão reuniu os jogadores para um conversa que durou duas horas antes do treino. O objetivo de remobilizar o grupo deu resultado. Desde então, a equipe venceu quatro das seis partidas que disputou e subiu para a sexta posição na tabela, com 31 pontos. Já garantido no mata-mata, o time enfrenta a Voleisul para tentar chegar em quinto lugar e enfrentar o Sesi-SP - rival que venceu recentemente fora de casa - nas quartas. O certo é que escapará do Sada Cruzeiro e a Funvic/Taubaté, as equipes mais fortes na competição.
- Os jogadores mostraram um comprometimento muito grande. A equipe como um todo cresceu num momento muito importante da competição - comemora Paulão.
Segundo principal pontuador da Superliga, o oposto Rivaldo é um dos destaques do time, que tem também o melhor sacador da competição, o central Giovanni.
Voleisul/Paquetá Esportes
O time de Novo Hamburgo entrou em uma montanha-russa na temporada. Depois de uma largada promissora na Superliga - a equipe ficou em 3º lugar nas primeiras rodadas -, a Voleisul despencou na tabela à medida que a competição avançava. O mau momento coincidiu com as lesões dos dois principais jogadores, o ponteiro Samuel e o oposto Franco.
Em janeiro, após seis derrotas consecutivas, o técnico Paulo Roese deixou o clube, e o assistente Reinaldo Bacilieri assumiu o comando do time. A Voleisul chegou a frequentar a zona de rebaixamento. Nas últimas rodadas, o time reagiu. Sem risco de deixar a elite do vôlei, o time tem chance de classificação. Em nono lugar com 25 pontos, terá de vencer o Bento fora de casa por 3 a 0 ou 3 a 1 e torcer para que o São José dos Campos, oitavo colocado com dois pontos de vantagem, consiga no máximo um ponto contra a Funvic/Taubaté - nesse caso, os time gaúcho ficaria à frente no critério de número de vitórias.
- Temos o segundo pior orçamento da Superliga. Conseguimos mostrar nosso valor quando ficamos em uma situação normal, com todos os titulares à disposição - afirma o diretor executivo Tiago Peter.
Segundo melhor bloqueador, o central Robinho é um dos destaques da equipe.
Lebes/Gedore/Canoas
Atual tetracampeão gaúcho, o Canoas decepcionou na disputa nacional, apesar de contar com o terceiro maior pontuador, o oposto cubano Dennis. O time do técnico Marcelo Fronckowiak chega à última rodada com pequenas chances de classificação.
Em 10º lugar com 24 pontos, terá de vencer o Copel Telecom Maringá (11º) por 3 a 0 ou 3 a 1 e secar São José dos Campos e Voleisul. Mas, segundo o supervisor Gustavo Endres, o principal objetivo da equipe será a permanência na elite do vôlei. Com três pontos de vantagem sobre a equipe paranaense, basta ao Canoas vencer um set contra um adversário direto na luta contra o rebaixamento. Se perder por 3 a 0, terá de torcer para o Maringá não descontar a grande diferença de pontos ganhos e perdidos pró-Canoas ao longo da competição (são 64 no total) para evitar a repescagem contra um time que vier da Superliga B. O sentimento do campeão olímpico é de frustração.
- Há cinco rodadas, brigávamos para chegar ao quinto lugar. Mas, a cada derrota, o time foi perdendo a confiança. Não conseguimos reagir. A situação ficou muito difícil, é a culpa é toda nossa, dos jogadores, da comissão técnica, da direção - define Gustavo.
*ZHESPORTES