De novo, uma rodada da Liga dos Campeões nos assusta. O que se vê por aqui parece outro esporte, tal a lentidão e a falta de organização ofensiva. O Barcelona eliminou o Arsenal daquele jeito já conhecido, alcançando as quartas-de-final: 3 a 1, gols de Messi, Neymar e Suárez.
O Bayern deu show de firmeza de convicções. O técnico Pep Guardiola perdia por 2 a 0 em casa para a Juventus, depois do empate em 2 a 2 na Itália. Pergunta-se: ele abriu mão da sua ideia de futebol, com pressão e posse de bola, mesmo diante de uma escola reconhecidamente especialista na arte de se defender, como a italiana?
Leia mais:
Tudo parecia perdido, mas ele não cedeu. Guardiola aprofundou ainda mais o que treina diariamente com seus jogadores. Prosseguiu trocando passes por dentro, de modo a garantir vantagem numérica no meio, fazendo a bola chegar aos definidores de lado no mano a mano.
É um de seus mantras desde que chegou a Munique e identificou o perfil do grupo à disposição. Assim, Douglas Costa e Kingsley Coman fizeram a diferença. Na prorrogação, 4 a 2. O gol decisivo foi de Thiago Alcântara, único reforço radicalmente exigido por ele.
O Bayern de Guardiola trocou mais de 800 passes, quatro vezes mais do que a Juventus. Uma aula de futebol, misturando a paixão de ir atrás do resultado e a paciência de acreditar no método, na rotina.
*ZHESPORTES