A logística de viagens foi apontada, pelos dirigentes do Grêmio, como uma das principais dificuldades da fase de grupos da Libertadores 2016. E não é para menos. A constatação do presidente Romildo Bolzan Jr. e do vice de futebol, César Pacheco, é confirmada pela geografia. Para enfrentar Toluca, San Lorenzo e LDU, o Grêmio vai se tornar o maior viajante brasileiro da etapa inicial da competição sul-americana.
Serão 30 mil quilômetros percorridos até Toluca, Buenos Aires e Quito. No total, a previsão é de 46 horas entre voos e deslocamentos terrestres (para Toluca, delegação vai de avião até Cidade do México e completa trajeto de ônibus).
A altitude também preocupa. Na fase de grupos, Grêmio e San Lorenzo vão ser os únicos times que terão dois adversários na altitude na fase de grupos. No caso do Grêmio, a estreia será em Toluca, na semana de 17 de fevereiro, com 2.667 metros acima do nível do mar. Em Quito, na 5ª rodada diante da LDU, serão 2.820 metros.
Para efeito de comparação, a delegação gremista vai percorrer o dobro da distância e o triplo de tempo de viagens que o Palmeiras, que está no grupo 2. Se tiver a Universidad de Chile, que ainda disputa com o River-URU a pré-Libertadores, o clube paulista terá pela frente 15 mil quilômetros e 16 horas de deslocamentos.
O Atlético-MG pode superar o Grêmio, em tempo de voo, caso o Independiente Del Valle garanta a vaga no grupo. Se o Guarani se classificar, o Grêmio segue como o maior viajante.
Confira os trajetos de Grêmio, Palmeiras e Atlético-MG na fase de grupos:
GRÊMIO – 46 horas de voo (30.000 KM)
PORTO ALEGRE-QUITO – 6.200 KM (9 h de voo)
PORTO ALEGRE-TOLUCA – 7.500 KM (13h de voo+1h30 terrestre)
PORTO ALEGRE-BUENOS AIRES – 1.300 KM (1h de voo)
PALMEIRAS – 16 horas de voo (15.000 KM)
SP-MONTEVIDEU – 1.900 KM (2h de voo)
SP-ROSARIO – 2.100 KM (2h30 de voo)
SP-SANTIAGO – 3.300 KM (3h30 de voo)
ATLÉTICO-MG – 44 ou 60 horas de voo (9.500 ou 11.900 KM)
BH-SANTIAGO – 3.900 KM (7h)
BH-AREQUIPA – 3.800 KM (11h)
BH-ASSUNÇÃO – 1.800 KM (4h)
BH –QUITO – 4.400 KM (12h)