
Venezuela e Bolívia participam da fase sul-americana de Eliminatórias de Copas do Mundo sempre como figurantes. Brigam pela última colocação. Raramente alcançam a classificação, um posto entre os quatro, cinco primeiros. O Brasil ganhou de uma delas nesta terça-feira em Fortaleza. Venceu a Venezuela por 3 a 1.
No segundo jogo das Eliminatórias do Mundial de 2018, a Seleção recuperou os três pontos perdidos no Chile na semana passada. Jogou melhor, pareceu mais interessada, mas o adversário é o mais frágil do continente. Facilitou. O resultado chegou fácil, sem brilho.
O Brasil marcou três gols em duas partidas. Sofreu três. O saldo de gols é zero, com três pontos ganhos em seis disputados. Todos esperavam mais. A torcida nordestina, porém, gostou demais. Vibrou, gritou, aplaudiu.
A vitória contra os venezuelanos chegou mais pelas qualidades técnicas de alguns jogadores, como Willian, autor de dois gols e o melhor em campo, e Douglas Costas, do que por qualquer acerto tático de Dunga. O treinador insistiu com o tímido Oscar. Quando Lucas Lima entrou, foi mais ativo e ousado do que o meia do Chelsea.
A diferença técnica dos jogadores das duas equipes é tremenda. Ao marcar duas vezes, o Brasil poderia ter alcançado uma goleada. Mas a zaga falhou na estreia do colorado Alisson. A Venezuela cresceu, fez 2 a 1, mas nunca se aproximou do empate, O terceiro gol ofereceu tranquilidade aos brasileiros. O quarto gol não chegou por má pontaria.
A vitória mostrou alguns problemas antigos. A defesa não ganha proteção com Luiz Gustavo e Elias. Sofre com contra-ataques. O meio de campo necessita de alguém mais criativo, como Lucas Lima. Com volta de Neymar, já na partida com a Argentina, no mês que vem em Buenos Aires, Ricardo Oliveira deixará o ataque.
Será interessante ver Neymar, Douglas Costa, William e Lucas Lima juntos. O problema é a dupla que os protege, Luiz Gustavo e Elias. Eles não oferece segurança e confiança. Fernandinho é uma opção.
Mesmo sem Messi, a Argentina, que vive má fase, não será uma Venezuela, mas também não terá a força de um Chile. Com uma derrota e um empate, os argentinos tentarão buscar a primeira vitória.

*ZHESPORTES