O Brasil-Pel aposta no entrosamento do grupo para fazer outra grande campanha no Gauchão. A equipe, treinada por Rogério Zimmermann desde 2012, ano passado voltou à elite e, de cara, foi campeã do Interior. Embalado pelo acesso à Série C, o time, que joga amistoso nesta quarta-feira com o Juventude no Bento Freitas, busca fazer frente à dupla Gre-Nal.
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A tarefa, é claro, não é nada fácil. Afinal, os times da Capital contam com nomes do calibre de D'Alessandro e Barcos nos grupos de Diego Aguirre e Felipão. Mas não se trata de algo impossível. Inclusive, quase ocorreu ano passado, na semifinal do Gauchão.
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Jogando na Arena, o Brasil-Pel vendeu caro a vaga na decisão ao Grêmio. Com boa marcação, dificultou as ações do time da casa. E ao final do jogo, mesmo com o placar desfavorável em 2 a 1, buscou a todo o momento o gol de empate que levaria a disputa aos pênaltis.
- Nosso time tem um padrão de jogo definido, isso dá confiança. E pode nos ajudar a ter sucesso contra a dupla Gre-Nal - diz o lateral-esquerdo Rafael Forster.
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Desde 2013 no Bento Freitas, o lateral formado na base do Inter se destaca pelas cobranças de falta. Foi um dos destaques no Gauchão e na Série D. A técnica na batida, conta Forster, surgiu ainda no Beira-Rio, quando trabalhou com Osmar Loss, hoje técnico do sub-20 do Corinthians.
- Às vezes não é cobrando 10 faltas que você fará gol. Mas se em duas ou três você tiver concentração alta, pode obter sucesso - explica Forster.
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Outros destaques foram mantidos no Bento Freitas. A começar pelo gol, onde Eduardo Martini é soberano. Na zaga, Fernando Cardozo dá segurança. No meio-campo, a experiência dos volantes Márcio Hahn e Nunes teve o acréscimo do meia Diogo Oliveira, ex-Juventude. No ataque, a velocidade de Alex Amado e a pontaria de Nena, artilheiro na Série D com oito gols, ajudam a equipe.
- Entramos no Gauchão para buscar o título Mas trabalhamos com os pés no chão, com seriedade - resume Nena.
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"A diferença para a dupla Gre-Nal é gigantesca"
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Como o Brasil-Pel chega ao Gauchão?
A gente conseguiu manter a base do time. Os 11 jogadores que mais jogaram na Série D permaneceram. No Gauchão, as equipes são muito parelhas. Pega Cruzeiro, Caxias e Juventude, por exemplo, são quase os mesmos jogadores, o nível é parecido. Então, a manutenção do nosso grupo é algo que pode fazer a diferença.
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Você também está no clube há quase três anos.
É, cheguei em 2012. O Brasil me deu a chance de fazer um grande trabalho. Ano passado, alcançamos o acesso à Série C, mas agora o desafio é maior. As equipes são mais qualificadas. Se nós mantivermos o mesmo nível de 2014, talvez não seja o suficiente em função dos adversários. Então, precisamos evoluir ainda mais.
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O Brasil pode ser campeão do Interior novamente?
Conseguimos este título ano passado. Ainda assim, não considero que naquela época a gente tinha uma equipe melhor. Ganhamos por 1 a 0 do Caxias, do Veranópolis. Mas poderia ter sido o resultado inverso. A gente tem a consciência de que a diferença não era grande. Talvez foi baseada no tempo de trabalho. E isto poderá nos ajudar novamente.
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Vê o entrosamento como um fator decisivo?
A continuidade é positiva, os resultados te dão confiança. O jogador se sente mais seguro também. Estamos decisões há dois anos: na Divisão de Acesso, no Gauchão, na Série D, tudo mata-mata. Isso dá cancha para o teu grupo. Todos os clubes do Interior estão no mesmo nível técnico. Talvez aquelas equipes que jogaram o ano inteiro levam um pouco de vantagem.
É possível superar a dupla Gre-Nal?
A gente tem consciência de que a diferença para a dupla Gre-Nal é gigantesca. Se fizer um campeonato de pontos corridos com as 16 equipes, eles disparam. Acontece que o campeonato chega num ponto que vira mata-mata. Aí em um só jogo uma equipe com mais qualidade pode equilibrar. Em investimento, são dois mundos diferentes. Mas jogaremos pela vitória.
Confiança
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Equipe de Rogério Zimmermann foi campeã do Interior no ano passado
Adriano de Carvalho
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