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O técnico Dunga confirmou nesta quinta-feira que os jogadores da seleção brasileira devem seguir uma cartilha de regras enquanto estiverem a serviço da equipe.
O assunto veio à tona depois de matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo. O documento foi distribuído aos jogadores para a disputa dos últimos quatro amistosos depois do retorno de Dunga ao comando técnico da seleção.
Durante entrevista coletiva concedida após a convocação para os amistosos contra Turquia e Áustria, o treinador disse que a cartilha já existia e que foi modificada com a chegada da nova comissão técnica.
"Na nossa família, a gente tem condutas para a boa harmonia. Como vivemos com pessoas de vários lugares. Só ressalvo que não é proibido, só sugerimos algumas coisas de bom convívio. Não é uma cartilha, não é algo disciplinar. É organização. O torcedor brasileiro queria isso", disse Dunga.
Com 16 tópicos, o documento diz como os jogadores e membros da comissão técnica devem se comportar quando estiverem a serviço da seleção e diputando amistosos.
Entre os itens destacados, o uso de bonés, brincos e outros acessórios está proibido enquanto os atletas estiverem concentrados. Além disso, o uso de chinelos também é vetado, sendo obrigatório o uso de tênis e meia. Ainda segundo o documento, os atletas devem se apresentar "em traje social" e o uso de equipamentos eletrônicos é proibido (celulares, iPads e laptops) durante as preleções, vestiários e até em refeições.
Segundo Dunga, os jogadores aprovaram as regras e disse que cada um é responsável pelos seus atos.
"Eu não proíbo nada, eu coloco as sugestões. Aí é de cada um. Mas pelo que tenho visto, os jogadores gostaram, para cada um saber até onde pode ir. Quando eu comecei a jogar na seleção brasileira já existia esse regulamento interno. Deve ter bem antes de eu nascer. A gente colocou alguns novos itens, que surgem a cada dia. Não tem penalização. Cada um é responsável por seus atos, e dependendo do ato, vai ter ou não uma punição".
A cartilha ainda diz que as manifestações políticas e religiosas também estariam proibidas e o canto do hino nacional seria obrigatório. E, conforme a publicação, o descumprimento de qualquer dos itens gera advertência, multa ou desligamento da delegação.
Os próximos compromissos da seleção brasileira são em novembro. Contra a Turquia, no dia 12, e contra a Áustria, no dia 18.