


A pretensão da prefeitura de Porto Alegre de construir um estacionamento com 1,2 mil vagas ao lado do estádio Beira-Rio para a Copa do Mundo pode não ser concretizada. O motivo é o impasse existente entre o Executivo municipal, o Internacional e a construtora Andrade Gutierrez sobre a responsabilidade de quem deve retirar o entulho resultante das obras do estádio. O prefeito José Fortunati diz que já cobrou providências da direção do Inter.
"Não temos mais prazo. Estamos a pouco mais de 30 dias da Copa do Mundo e nós temos que concluir as obras de repavimentação do local. Estamos cobrando uma solução do Internacional e da Andrade Gutierrez", defende.
Por outro lado, o presidente do Internacional, Giovanni Luigi, defende que o material deve ser recolhido por quem o depositou no local:
"Primeiro, não é um terreno do clube. Segundo, não foi o Inter que colocou aquele entulho ali. Se uma parte do entulho é do Beira-Rio, não foi o Inter que colocou ele ali", ressalta.
Os entulhos estão depositados no trecho que vai do Viaduto Pinheiro Borda ao Estádio Beira-Rio, entre as avenidas Edvaldo Pereira Paiva e Padre Cacique. A Andrade Gutierrez, por meio de nota, afirma que o material já estava no local quando iniciaram os trabalhos de reforma do estádio colorado:
"A Construtora Andrade Gutierrez esclarece que foi responsável pela reforma do Estádio Beira-Rio e que o escopo do contrato não inclui a execução de obras no entorno. Que todo o entulho produzido pela referida obra já foi retirado do local. A construtora tem, inclusive, toda a documentação comprobatória sobre a retirada desses resíduos após o término dos trabalhos. Que o material que ainda se encontra no local já estava ali antes mesmo de os trabalhos da construtora começarem e são de inteira responsabilidade dos responsáveis pela realização de intervenções naquele local.¿"