Em entrevista ao programa "Bem Amigos", do SporTV, na noite da segunda-feira, o meia Paulo Henrique Ganso explicou por que nem ele nem o parceiro Neymar tiveram grande atuação pela Seleção Brasileira, como mostram normalmente com a camisa do Santos.
Para ele, a grande atuação da dupla foi justamente na primeira partida com a camisa amarelinha, no amistoso contra os Estados Unidos, em agosto de 2010, vencido pelo Brasil por 2 a 0.
- A gente fez um jogo só de muita qualidade, que foi o primeiro, contra os EUA. Mas de lá para cá faltou um pouco mais de liberdade para o Neymar e para mim também, para evoluir no futebol e poder enfrentar os times de fora - disse Ganso.
Sobre a fatídica final do Mundial de Clubes do ano passado, na derrota por 4 a 0 para o Barcelona., Ganso comentou como os jogadores se sentiram naquele confronto.
- A gente se sentiu péssimo com o resultado. No intervalo, já com 2 ou 3 a 0, vimos como era difícil marcar o time deles. Então, falamos para tentar marcar um gol, mas nem assim a gente conseguiu. Mas aprendemos bastante. Esse jogo mudou muita coisa no Santos e aprimorou o nosso futebol. É um jogo de muito toque de bola, de marcação por pressão, o que também fazemos.
O meia também concordou com o técnico Vadão, do Guarani, também convidado do programa, sobre a questão da má formação dos jogadores no Brasil. Para ele, a fórmula atual de formação da base precisa mudar, para valorizar os bons jogadores, em vez de formar apenas defensores.
- É preciso sim mudar o sistema de trabalho na base. Tirar meias e formar zagueiro e volante para quê? Para ganhar campeonato na base, e não para formar boas equipes no futuro? - questionou Ganso.
