O mundo assistiu chocado e noticiou em seus principais sites, jornais e TVs, no dia 19, o feroz ataque de um tubarão ao australiano tricampeão mundial de surfe profissional Mick Fanning durante a final da sexta etapa do circuito organizado pela World Surf League (WSL) - Liga Mundial de Surfe, realizada em Jeffrey's Bay, África do Sul.
O fato abalou a estrutura do esporte, pois nos 39 anos de existência do Circuito Mundial nunca houve nada parecido, um ataque direto de um tubarão a um competidor durante uma bateria. Já houve relatos de competidores que viram esses grandes predadores em áreas de competição, alguns até saindo do mar com medo, mas nada parecido ao acontecido na baía de Jeffrey's.
Que Mick Fanning teve muita sorte disso ninguém duvida, pois quando o tubarão investiu contra o australiano a cordinha que prendia a perna do surfista à prancha ficou presa na sua boca, o que fez com que ele não desferisse a mordida que poderia ter sido fatal, e é aí que entra a sorte grande da WSL e do Circuito Mundial de Surf, pois se houvesse sangue, uma perna amputada e/ou a morte do competidor, as consequências para a entidade e para a imagem do circuito seriam incalculáveis.
Face ao ocorrido e ao temor dos surfistas profissionais em participarem de eventos em lugares propensos à ataques de tubarões, a Liga Mundial de Surfe está buscando soluções para dar mais segurança aos seus competidores e uma das opções seria a utilização de tornozeleiras eletrônicas, as mesmas que são utilizadas por nadadores que disputam eventos de travessias oceânicas, já devidamente aprovadas e que criam um campo condutivo único que circunda o surfista emitindo sinais eletromagnéticos. Como os tubarões são sensíveis a este campo, ao se aproximarem demais sofrerão espasmos musculares que farão com que rapidamente se retirem da área.
Essa seria a maneira encontrada pela WSL para acalmar as estrelas do Tour Mundial, que pela primeira vez se mobilizam para pedir mais segurança no circuito e tudo leva a crer que as performances dos melhores surfistas do mundo só serão novamente vistas pelos amantes do esporte caso a entidade dê a eles a garantia de que precisam para que o show possa continuar.